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Entenda quando adiar a aposentadoria pode aumentar o benefício e quando a espera deixa de compensar. | Fernando Frazão/Agência Brasil
De acordo com o boletim de Transparência Previdenciária do INSS, mais de 530 mil requerimentos de benefícios foram analisados apenas em dezembro de 2024, sendo cerca de 104 mil referentes a aposentadorias. Desse total, 63% foram aprovados e 37% negados — números que mostram o quanto o brasileiro busca garantir a renda do futuro.
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O que muita gente não sabe é que, mesmo cumprindo todos os requisitos, é possível adiar a aposentadoria. Essa estratégia, cada vez mais comum entre profissionais ativos, pode aumentar o valor do benefício e garantir um padrão de vida mais confortável no futuro.
Sim. A legislação previdenciária brasileira permite que o segurado continue trabalhando e contribuindo ao INSS mesmo após atingir o tempo mínimo ou a idade exigida para se aposentar. Essa escolha, chamada de adiamento da aposentadoria, pode ser vantajosa em termos financeiros.
Ao permanecer na ativa, o trabalhador aumenta o tempo de contribuição e, muitas vezes, passa a ter salários mais altos — o que eleva a média salarial usada no cálculo. Segundo o INSS, quanto maior o tempo de contribuição e maiores os salários, maior tende a ser o valor final do benefício.
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Continuar trabalhando pode elevar o valor da aposentadoria, mas também exige avaliar saúde, tempo e planejamento financeiro. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)O cálculo do benefício considera o tempo total de contribuição e a média de todos os salários desde julho de 1994, corrigidos pelo INPC. Assim, quem adia a aposentadoria pode descartar salários baixos antigos e incluir períodos de contribuição com rendimentos maiores.
Outro ponto importante é o fator previdenciário, mecanismo que reduz o valor para quem se aposenta cedo. Ao esperar mais tempo, o segurado diminui o impacto desse fator — e, em alguns casos, ele pode até se tornar positivo, aumentando o benefício.
Adiar a aposentadoria pode ser vantajoso para quem deseja um benefício mais alto e estabilidade financeira a longo prazo. Com mais tempo de contribuição, é possível alcançar percentuais maiores sobre a média salarial — especialmente após a Reforma da Previdência de 2019.
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De acordo com as regras atuais, o segurado recebe 60% da média salarial mais 2% a cada ano adicional de contribuição acima de 15 anos (mulheres) ou 20 anos (homens). Assim, quem contribui por mais tempo alcança percentuais que se aproximam de 100% do valor integral.
Apesar dos benefícios financeiros, adiar a aposentadoria pode não ser a melhor decisão para todos. Continuar trabalhando significa manter as contribuições mensais ao INSS e, muitas vezes, lidar com uma rotina cansativa mesmo após décadas de serviço.
Além disso, existe o risco de o segurado adiar tanto o pedido que não consiga aproveitar o benefício por muito tempo, especialmente se surgirem problemas de saúde. Por isso, é fundamental analisar o equilíbrio entre ganho financeiro e qualidade de vida.
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Segundo especialistas em previdência, o impacto de adiar a aposentadoria pode representar um aumento significativo. Em alguns casos, esperar três a cinco anos pode elevar o benefício em até 20%. Na prática, isso significa uma renda até R$ 500 maior por mês, o que faz diferença a longo prazo.
Esse tempo extra também pode ser usado de forma estratégica. Ao permanecer na ativa, o trabalhador tem a chance de poupar mais, investir e quitar dívidas — garantindo uma transição financeira mais tranquila para o período pós-carreira.
A decisão de adiar ou não a aposentadoria deve ser feita com base em planejamento. O ideal é consultar um especialista previdenciário para simular diferentes cenários e descobrir qual momento oferece o melhor equilíbrio entre valor e bem-estar.
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De acordo com o INSS, a escolha é pessoal e deve levar em conta fatores como idade, saúde, estabilidade profissional e necessidade de renda imediata. Em alguns casos, o benefício maior não compensa anos adicionais de trabalho e contribuição.
Não. O trabalhador pode continuar contribuindo e adiar o pedido de aposentadoria, sem perder o direito.
Na maioria dos casos, sim. O valor tende a crescer, pois entram mais contribuições e aumenta o percentual aplicado sobre a média salarial.
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Não. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que contribuições feitas após a aposentadoria não geram nova aposentadoria nem aumentam o valor da atual.
Adiar a aposentadoria pode ser uma decisão estratégica para quem deseja uma renda mais alta no futuro, mas deve ser tomada com cautela. O segredo está em equilibrar o ganho financeiro com a qualidade de vida, levando em conta o tempo que se quer — e se pode — aproveitar a nova fase.
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