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'Alice no País das Maravilhas' se transforma em musical de guerra sombrio

Com idealização da dupla Diego Montez e Gabi Camisotti, 'Alice de Cor e Salteado' estreia em São Paulo no dia 7 de junho

Mariana Ribeiro

18/05/2025 às 11:00

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Ingressos para 'Alice de Cor e Salteado' custam a partir de R$ 70

Ingressos para 'Alice de Cor e Salteado' custam a partir de R$ 70 | Priscila Prade/Divulgação

“Alice no País das Maravilhas”, clássico da literatura inglesa escrito por Lewis Carroll, ganhou uma nova ambientação no musical “Alice by Heart”: um bunker durante uma guerra.

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'Alice no País das Maravilhas', clássico da literatura inglesa escrito por Lewis Carroll, ganhou uma nova ambientação no musical 'Alice by Heart': um bunker durante uma guerra. Foto: Priscila Prade
'Alice no País das Maravilhas', clássico da literatura inglesa escrito por Lewis Carroll, ganhou uma nova ambientação no musical 'Alice by Heart': um bunker durante uma guerra. Foto: Priscila Prade
Agora, pela primeira vez, o espetáculo chega ao Brasil em versão inédita, sob o nome de 'Alice de Cor e Salteado'. Foto: Priscila Prade
Agora, pela primeira vez, o espetáculo chega ao Brasil em versão inédita, sob o nome de 'Alice de Cor e Salteado'. Foto: Priscila Prade
Versão brasileira do espetáculo, produzida pelas empresas Barho e MoCa, conta com Gabi Camisotti no papel de Alice Spencer, ao lado de Diego Montez como Alfred e o Coelho Branco. Foto: Priscila Prade
Versão brasileira do espetáculo, produzida pelas empresas Barho e MoCa, conta com Gabi Camisotti no papel de Alice Spencer, ao lado de Diego Montez como Alfred e o Coelho Branco. Foto: Priscila Prade
Com adaptação de Rafael Oliveira e direção de Gustavo Barchilon, a temporada de estreia do musical será no Teatro Estúdio, na região central de São Paulo. Foto: Priscila Prade
Com adaptação de Rafael Oliveira e direção de Gustavo Barchilon, a temporada de estreia do musical será no Teatro Estúdio, na região central de São Paulo. Foto: Priscila Prade

Apresentado pela primeira vez no Royal National Theatre, em Londres, no ano de 2012, e, posteriormente, encenado também no circuito Off-Broadway, em Nova York, agora, pela primeira vez, o espetáculo chega ao Brasil em versão inédita, sob o nome de “Alice de Cor e Salteado”. 

Com adaptação de Rafael Oliveira e direção de Gustavo Barchilon, a temporada de estreia do musical será no Teatro Estúdio, na região central de São Paulo, e as apresentações serão entre 7 de junho e 4 de agosto. A peça conta ainda com Gui Leal na direção musical e Ciça Simões assinando as coreografias.

A versão brasileira do espetáculo, produzida pelas empresas “Barho” e “MoCa”, conta com Gabi Camisotti no papel de Alice Spencer, ao lado de Diego Montez como Alfred e o Coelho Branco.

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Gabi Camisotti e Diego Montez também são os idealizadores do musical e fundadores da produtora teatral “MoCa”. Juntos, os dois montaram recentemente a peça “Bare, Uma Ópera Pop”, que conta a história de um romance proibido entre dois garotos

Integram ainda o elenco: Yasmin Gomlevsky, Valeria Barcellos, Renan Mattos, Bruna Pazinato, Thales César - o Seaweed de Hairspray -, Jessé Scarpellini, João Victor, Bruno Sigrist, João Ferreira e Helena Bastos.

Sobre a idealização

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“Escolher 'Alice By Heart' como uma das primeiras produções da Moca tem um significado muito especial pra mim. É o meu musical preferido e justamente por isso, eu sabia que, quando fosse montá-lo, teria que ser em um momento simbólico. E foi”, conta a atriz Gabi Camisotti.

Essa será a primeira vez que Camisotti e Montez protagonizarão uma montagem juntos e, para os sócios e amigos na vida real, fazer esse espetáculo tem um significado especial, já que o musical conta a história de dois melhores amigos que mudam a vida um do outro.

“É uma obra poética, delicada e intensa, que fala sobre a força da imaginação em momentos de perda, sobre crescer em meio ao caos, sobre encontrar refúgio naquilo que nos move por dentro”, explica Camisotti.

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A dupla conta ainda que a produtora nasceu da vontade de criar com liberdade, sensibilidade e afeto, símbolos representados na história da peça.

“Produzir Alice By Heart é, de certa forma, reafirmar o que nos move como companhia: contar histórias que nos atravessam e que, com sorte, também atravessem quem assiste”, finaliza a atriz

“Eu e Gabi temos nossas trajetórias embaladas e envolvidas pela obra de Duncan Sheik e Steven Sater. Alice é sobre como a arte motiva, consola, ensina e transforma. Me parecia quase uma obrigação passar essa mensagem adiante, e tinha que ser com ela [Gabi]”, completa Montez. 

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A montagem brasileira 

Sobre os desafios da montagem, o diretor Gustavo Barchilon comenta: “desde sua estreia no Off-Broadway, a peça passou por várias transformações, tanto no texto quanto em algumas canções. E isso é o que acho mais fascinante: é uma obra viva, em constante evolução. E poder trocar diretamente com os criadores da montagem tem sido fantástico.”

Para a versão brasileira, a equipe conta com a colaboração de Jessie Nelson, autora do libreto original e também responsável pelo sucesso “Waitress”, e de Steven Sater, autor das letras originais, que vêm ajudando nas adaptações das canções para o português. 

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“Nosso desafio no Brasil é garantir que essa história se comunique bem com o público local, por isso precisamos ir além do imaginário construído pelo filme da Disney e adaptar referências na história que podem não ser tão bem compreendidas pelo nosso público”, afirma o diretor Gustavo Barchilon.

A história: resiliência, luto e o poder transformador da imaginação

A trama acompanha Alice Spencer, uma jovem que encontra refúgio em seu desgastado livro de “Alice no País das Maravilhas” enquanto está presa em um bunker com Alfred, seu amigo de infância que está gravemente doente. 

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Após um bombardeio, enquanto os horrores da guerra se intensificam, a menina escapa para um mundo de fantasia, onde pode reescrever a própria história e encontrar força para lidar com a realidade brutal ao seu redor.

No entanto, ao mergulhar cada vez mais no País das Maravilhas, ela se vê confrontada por desafios e personagens que refletem seus medos, sua perda e sua necessidade de amadurecer.

A história se desenrola como uma jornada de autodescoberta, na qual a menina precisa aprender a deixar o passado para trás e encontrar uma nova forma de seguir em frente.

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Nesta nova ambientação, os personagens do clássico de Lewis Carroll aparecem em cena sob novas roupagens: os soldados, enfermeiros e pacientes do abrigo antibombas assumem os papéis do Chapeleiro Maluco, Gato de Cheshire, Rainha de Copas e muitos outros, criando assim um efeito intrigante de realidade misturada com fantasia.

“Alice de Cor e Salteado” é uma poderosa metáfora sobre a resiliência, a dor da despedida e da morte, o luto e o poder transformador da imaginação.

“Alice quer permanecer no mundo de sua infância, mas precisa enfrentar a realidade. Esse conflito entre inocência e maturidade é um tema forte que ressoa especialmente com adolescentes e jovens adultos. Embora muitas adaptações de Alice no País das Maravilhas existam, poucas exploram a história com uma abordagem tão introspectiva e emocional”, reflete o diretor.

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O espetáculo mescla música emocionantes, interpretadas ao vivo por uma banda com seis instrumentistas, com muita poesia.

“A música de Duncan Sheik tem um estilo envolvente, que combina bem com a atmosfera sonhadora da peça. Já as letras de Steven Sater são carregadas de simbolismo e emoção, reforçando a sensação de que cada canção é uma reflexão profunda sobre os sentimentos da protagonista”, acrescenta.

Outro ponto de destaque é que o musical é encenado em um teatro de arena e não no palco italiano, como a maioria das montagens desse gênero.

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“Eu queria explorar novas formas de encenação, buscando uma experiência mais imersiva. Interpreto essa obra com um olhar muito sério, pois vejo nela elementos fortemente influenciados pelo teatro do absurdo, um mergulho beckettiano. Se olharmos para Alice no País das Maravilhas, percebemos claramente essa atmosfera surrealista, e a peça bebe muito dessa estética”, explica Barchilon.

O diretor ressalta ainda que, diferentemente de outras versões do clássico, a cenografia e os figurinos da nova montagem mesclam a escuridão da guerra com a vivacidade do País das Maravilhas, criando um visual melancólico e intimista, com um tom expressionista.

Ficha Técnica
Músicas:
Duncan Sheik
Letras: Steven Sater
Adaptação de texto e Versão Brasileira: Rafael Oliveira - @rafaelfso
Direção Artística: Gustavo Barchilon - @gustavobarchilon
Direção Produção: Thiago Hofman - @thihoff
Direção Musical: Gui Leal - @guihleal 
Coreografia e Direção de Movimento: Cecilia Simoes - @csimoes10
Preparador Vocal: Rafael Villar @_rafaelvillar_
Cenografia: Natália Lana - @cenarionatalialana
Desenho de Luz: Maneco Quinderé - @maneco_quindere
Figurino: Luisa Galvão - @lugalvao_beauty
Design de Som: João Baracho - @jhbaracho 
Assistente de Figurino e Objetos: Acrides - @acridesjr 
Assistente de Direção: Lara Mendes - @laramendesf 
Assistente de Direção Musical: Mô Amaral - @moamaralg
Assistente de Coreografia: Nay Fernandes - @nayfernandes_official
Stage Manager: Andressa Cericato - @andcericato

Elenco:
Gabi Camisotti
- @gabicamisotti
Diego Montez - @dimontez
Yasmin Gomlevsky - @yasmingomlevsky 
Valeria Barcellos  - @valeriabarcellosoficial
Renan Mattos - @orenanmattos
Thales César - @thalescesarofc
Bruno Sigrist  - @brunosigrist
Bruna Pazinato - @bpazinato
Jessé Scarpellini - @jscarpellini
João Victor - @joaovictorps 
João Ferreira - @notjoaoferreira
Helena Bastos - @helebastos
Mô Amaral - @moamaralg

Serviço - “Alice de Cor e Salteado”

Temporada: De 7 junho a 4 agosto de 2025 - sextas, sábados e segundas às 20h30; domingos: 
dia 8 de junho, às 16h, 15 de julho a 29 de junho, às 18h e 6 de julho a 3 de agosto, às 16h

Onde? Teatro Estúdio - Rua Conselheiro Nébias 891, Campos Elíseos, São Paulo - (próximo ao metrô Santa Cecília)

Ingressos: R$ 140 (inteira) / R$ 70 (meia)
Vendas online na plataforma Sympla e na bilheteria física, aberta 3 horas antes do espetáculo

Classificação: Livre
Duração: 90 minutos
Capacidade: 170 lugares

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