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João Carlos Martins conta quais são seus planos para o segundo semestre de 2025 | Mariana Ribeiro/Gazeta de S.Paulo
Na noite da última segunda-feira (4/8), o maestro João Carlos Martins, reconhecido mundialmente por seu talento e história de superação, e a Bachiana Filarmônica SESI-SP fizeram um concerto na Sala São Paulo, na região central da capital paulista.
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Com um programa variado, que transitou de Bach a Tom Jobim, Piazzolla e trilhas de cinema, um dos pontos altos do espetáculo foi o momento em que Marcelo Bratke, músico que superou uma deficiência visual severa e desenvolveu um método de aprendizado baseado em memória auditiva, convidado especial da apresentação, assumiu a regência para acompanhar o maestro ao piano.
O maestro convive desde a juventude com uma doença rara, conhecida como distonia focal, que prejudica o movimento de suas mãos.
Antes de iniciar a carreira como maestro, o músico dedicava sua vida ao piano, mas, em 2002, se viu impossibilitado de tocar e passou a estudar regência.
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Aos 85 anos, o maestro já passou por mais de 90 cirurgias e, após passar 22 anos sem conseguir tocar com todos os dedos, emocionou os fãs ao utilizar luvas biônicas que o auxiliam a recuperar os movimentos das mãos. Assim, o maestro voltou a se apresentar também como pianista.
No final do concerto de segunda-feira (4/8), João Carlos Martins deu entrevista à Gazeta e revelou o que o inspira a continuar subindo aos palcos, mesmo após enfrentar tantos desafios:
"Um maestro, um pianista, enfim, um artista, é antes de tudo um missionário e o dever dele é transmitir emoções. Eu gosto de subir no palco para transmitir emoção."
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No espetáculo na Sala São Paulo, o maestro convidou a Orquestra Órion, ligada a uma organização sem fins lucrativos de São José dos Campos, para participar da apresentação. Martins é incentivador de projetos sociais e destacou a importância da música como ferramenta de transformação.
“A vida não vale a pena sem a música. Por meio da música, você consegue transformar vidas. E eu percebi isso em concertos que fiz na Fundação Casa, em presídios, em favelas. Graças a Deus eu já trouxe milhares de crianças e jovens para esse universo fantástico da música clássica, e isso me emociona muito.”
Sobre a emoção de voltar a tocar piano, o maestro brinca: “Eu não toco piano, eu só engano” e continua: “Eu nunca vou abandonar meu velho companheiro, mesmo com todas as dificuldades.”
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Por fim, Martins revela quais são seus planos para o segundo semestre de 2025: “Eu só tenho 85 anos, não vou parar. Até o fim do ano ainda farei concertos no MASP, no Teatro Bradesco e muitos outros.”
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