Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Viviane Batidão reforça que sua arte é movida por gratidão e orgulho de sua origem | Divulgação/Tereza Maciel
A cantora paraense Viviane Batidão lança, nesta quinta-feira (22/5), seu novo single “É Sal” para marcar o início de uma nova era em sua carreira.
Continua depois da publicidade
A música, carregada de referências culturais, é o primeiro passo para o lançamento de seu primeiro álbum oficial, que será revelado aos poucos nas plataformas digitais.
Segundo a artista, a nova música simboliza um recomeço, tanto na letra, que narra o fim de um relacionamento abusivo, quanto na estética, que busca apresentar uma identidade pop fortemente enraizada no tecnomelody paraense.
“Essa música é minha essência. Pedi ao compositor que colocasse tudo que sou e de onde vim. A ideia do clipe veio antes mesmo da música”, conta a cantora em entrevista exclusiva para a Gazeta.
Continua depois da publicidade
O clipe da faixa, que será lançado na sexta-feira (23/5), foi gravado na rua onde a artista nasceu e cresceu, em Belém, e conta com a participação de vizinhos e familiares que acompanharam sua trajetória desde o início.
O single também abre caminho para um projeto visual conectado. O próximo lançamento, previsto para junho, será “Só No Pará", uma continuação do clipe de É Sal, retratando um dia de ressaca e reconexão com a família no interior do estado, com direito a banho de igarapé e café com pupunha.
A artista também adianta que o álbum trará uma faixa mais voltada ao público nacional, com uma participação especial de uma cantora pop do funk.
Continua depois da publicidade
Além do lançamento musical, Viviane Batidão será uma das atrações da Virada Cultural 2025, que ocorre em São Paulo, neste fim de semana.
A artista se apresenta com seu show completo no Palco Arouche, às 4h da manhã, encerrando a noite com uma experiência de som e luz que celebra a cultura amazônica.
No domingo, ela também participa da programação com a aparelhagem Crocodilo, um tradicional sound system paraense com estrutura cênica inspirada em um crocodilo gigante.
Continua depois da publicidade
“É uma oportunidade única para mostrar nossa cultura e o tecnomelody para um público que muitas vezes nunca teve acesso a essa sonoridade. É uma forma de descentralizar o Brasil cultural”, afirma Viviane.
Ela espera que o evento abra portas para o ritmo nortista conquistar novos públicos e romper barreiras de visibilidade.
“Eu quero que ouçam porque é bom, é alegre, é potente e é cultura brasileira feita dentro da Amazônia.”
Continua depois da publicidade
Viviane também acrescenta que participar de um evento como este é abrir cada vez mais portas para o tecnomelody.
“Ainda existe xenofobia cultural. Tem gente que nem sabe onde fica Belém, confunde Norte com Nordeste. Muita gente mal conhece a cultura brasileira. Então, ocupar espaços como a Virada Cultural é também um ato de resistência e valorização da nossa arte.”
Viviane também reforça que sua arte é movida por gratidão e orgulho de sua origem. “Se não fosse o brega, o tecnomelody, a música, eu não sei onde estaria. É a minha forma de devolver ao mundo tudo que recebi da cultura paraense.”
Continua depois da publicidade
A artista também falou sobre suas inspirações e influências, que vão do brega e das aparelhagens paraenses a nomes internacionais como Beyoncé, Lady Gaga, Rihanna e estrelas nacionais como Ludmilla e Anitta.
“Eu sempre vi nossas cantoras aqui no Pará como artistas pop. A gente já fazia shows com dançarinos, figurinos brilhantes, performances impactantes... Quando vi Beyoncé pela primeira vez, foi como me reconhecer em algo que eu já conhecia”, comenta.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade