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Carina Fragozo conta como virou referência de ensino de inglês pelas redes

Criadora do English in Brazil, educadora revela como aprendizado de novo idioma é menos complicado do que parece

Bruno Hoffmann

23/09/2025 às 17:00  atualizado em 23/09/2025 às 17:11

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Carina Fragozo durante entrevista à Gazeta

Carina Fragozo durante entrevista à Gazeta | Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo

A gaúcha radicada em São Paulo Carina Fragozo leciona inglês para brasileiros há mais de duas décadas. A transformação na sua vida ocorreu há 13 anos, quando descobriu, meio por acaso, que a internet seria uma ferramenta fundamental para expandir seus horizontes na educação. 

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A educadora Carina Fragozo durante entrevista à Gazeta/Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo
A educadora Carina Fragozo durante entrevista à Gazeta/Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo
A gaúcha radicada em São Paulo leciona inglês para brasileiros há mais de 20 ano/Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo
A gaúcha radicada em São Paulo leciona inglês para brasileiros há mais de 20 ano/Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo
Carina é phD em linguística pela USP/Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo
Carina é phD em linguística pela USP/Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo
Além da internet, Carina também é autora do livro 'Sou Péssimo em Inglês'/Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo
Além da internet, Carina também é autora do livro 'Sou Péssimo em Inglês'/Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo
Mais de 40 mil pessoas já passaram por seu curso pago/Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo
Mais de 40 mil pessoas já passaram por seu curso pago/Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo
Para ela, essas promessas do 'aprenda inglês em três meses' cria frustrações nos alunos/Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo
Para ela, essas promessas do 'aprenda inglês em três meses' cria frustrações nos alunos/Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo
A educadora foi entrevistada pelo jornalista Bruno Hoffmann nesta semana/Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo
A educadora foi entrevistada pelo jornalista Bruno Hoffmann nesta semana/Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo

“Eu estava na pesquisa da USP, com saudades de dar aula, e postei o vídeo chamado ‘como turbinei meu inglês em pouco tempo’, sem qualquer estratégia, porque eu não aguentava mais responder essa pergunta a amigos”, lembrou ela em entrevista à Gazeta nesta semana.

Para sua surpresa, o vídeo virou um viral, que chegaria a mais de 1 milhão de acessos. “Ali resolvi comecei a ensinar pela internet”. Nascia o English in Brazil.

Não é possível contar quantas pessoas já passaram pelos seus vídeos nas redes sociais, mas hoje somente seu canal no YouTube conta com 2,1 milhões de inscritos. Já o número de alunos do seu curso pago, criado há seis anos, ultrapassa 40 mil pessoas.

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O método passa por aperfeiçoamento constante, sempre com a presença da especialista, a partir de aprendizagens que construiu até se tornar phD em linguística pela USP.

Idioma para todos

Ela garante, com ênfase, que qualquer pessoa, em qualquer idade, consegue aprender um novo idioma, mas confirma que há pessoas com mais aptidão do que outras.

“Para algumas pessoas vai ser mais fácil do que para outras, assim como tem pessoas como mais facilidade de imitar sotaques do que outras. Não significa de forma alguma que [quem tem menos aptidão] não vai aprender”, afirmou.

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Ela desmistificou o que alguns prometem de ser “fluente em inglês em três meses”, “aprenda como uma criança” ou que apenas professores nativos são indicados.

“Somos adultos. Com 30, 40 anos já sabemos um sistema linguístico, já aprendemos o português. É impossível não misturar o português no aprendizado de inglês, não fazer essas transferências".

Para ela, essas promessas do “aprenda inglês em três meses” acabam criando frustração nos alunos, que na imensa maioria não se tornam fluentes em três ou poucos mais meses, que começam a se achar pouco inteligentes. “Na verdade, a culpa é dessa expectativa criada por um marketing exagerado e agressivo”, continuou.

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Ela disse ser fundamental escolher um método sério de ensino e, depois, ter foco, nem que sejam duas horas por semana. Levar aquilo como um compromisso real, não como algo que seja possível de postergar com facilidade.

Sotaque é diferente de pronúncia

Ela também combate o deboche que costuma ocorrer contra brasileiros que não falam bem inglês, ou que tenham sotaque, apesar de não ver problema algum em quem prefere buscar uma pronúncia que soe como um norte-americano ou um britânico nativo.

Para ela, essas brincadeiras maldosas acabam causando bloqueio em muitos brasileiros na hora de desenvolver a nova língua - o que é visto como algo ruim por outros educadores sérios.

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“O brasileiro acha incrível quando o pessoal chega falando um português todo atrapalhado, só que tem medo de falar o inglês atrapalhado, por achar que será julgado”, analisou.

Há, ainda, pessoas em cargos importantes, que costumam ter ainda mais medo de serem “descobertos” como maus falantes de inglês.

“Um empresário importante, respeitado pelas pessoas, por exemplo, pode ter toda uma questão de vulnerabilidade por não ter um bom inglês. Se sente como se perdesse a capa de tudo o que conquistou. Aprender um novo idioma tem questões emocionais muito fortes”.

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Por outro lado, considera fundamental que as pessoas se atentem à pronúncia das palavras para serem entendidas, o que é diferente de sotaque.

Outro tema que ela combate é frases que soam nacionalistas como “eu não preciso aprender inglês, eles que precisam falar português”. “Falar inglês não é babar ovo para ninguém, é para se comunicar. Hoje o inglês é a língua internacional, assim como já foi o francês”.

Ela também destacou que é necessário, sim, ensinar gramática, mas que há métodos que tornam essa passagem de conhecimento mais suave e menos maçante.

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Na entrevista, ainda disse que prefere escapar de temas polêmicos nos vídeos, principalmente políticos, mas não vê problema nenhum em quem se posiciona sendo educador no universo digital.

“Não quero me posicionar porque não quero aquele clima comigo. As pessoas estão muito alteradas, é muito difícil um diálogo. É uma opção, e tudo bem que faz outra opção”.

Livro e regravações

Além do canal no YouTube e dos perfis nas redes sociais, Carina também é autora do livro “Sou Péssimo em Inglês – Tudo que você precisa saber para alavancar de vez o seu aprendizado” (Harper Collins).

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Ela também prepara um novo livro para ser lançado no início do ano que vem. Ao mesmo tempo, prepara a regravação de boa parte do seu curso pago.

“Estou trabalhando na regravação de 200 horas de conteúdo das aulas. O que já está no ar é muito bom, mas sei que posso ensinar ainda melhor", destacou.

Para seguir Carina Fragozo nas redes sociais, basta procurar por englishinbrazil ou direto pelo nome da educadora.

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