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Cartola estreou em navio dos EUA em troca de 3 maços de cigarro

Estrangeiro gravou nomes históricos da música brasileira em troca de valores irrisórios ou cumprimentos

Bruno Hoffmann

07/09/2025 às 16:29

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Cartola ao lado de dona Zica; artista só gravaria álbum solo em 1974

Cartola ao lado de dona Zica; artista só gravaria álbum solo em 1974 | Reprodução

Como parte da chamada “política de boa vizinhança” norte-americana, o inglês radicado nos Estados Unidos Leopold Stokowski atracou seu navio no Rio de Janeiro em 1940. A missão era a de registrar “a mais legítima música brasileira”. A história será contada em um documentário a ser lançado em 2025 (leia mais abaixo).

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Para isso, o estrangeiro pediu ao maestro Heitor Villa-Lobos que reunisse artistas de samba, batucada, marchas de rancho, macumba e embolada.

E assim fez Villa-Lobos. A gravação foi a bordo do próprio navio. Até o capitão foi espiar. Não era para menos: durante oito horas consecutivas passaram pelos microfones Donga, Pixinguinha, Dona Neuma, Zé da Zilda, Zé Espinguela, Jararaca e Ratinho, João da Baiana, além de Cartola, que cantou Quem Me Vê Sorrindo.

Era a primeira participação do sambista da Mangueira em um LP.

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Estavam prontos os dois álbuns de Native Brazilian Music. O pagamento dos artistas? Apenas cumprimentos, em sua maioria. Cartola chegou a receber um valor, mas que não dava nem para comprar três maços de cigarro.

Muitos nem sequer ouviram a gravação. O disco seria lançado em 1943, nos Estados Unidos, e só chegou ao Brasil na década de 1980.

Documentário e regravações

Já Cartola só gravaria o seu primeiro álbum solo em 1974, que conta com canções como Disfarça e Chora, Tive Sim e O Sol Nascerá. Além de Quem Me Vê Sorrindo, que até então só havia ganhado a versão para o público internacional.

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A novidade se tornou uma das referências maiores da cultura nacional, e os lançamentos a seguir ajudaram a sedimentar o seu lugar entre os maiores nomes da música do País.

Agora, em 2025, vários artistas estão regravando as canções do álbum, como Negadeza, Thalma de Freitas, Áurea Martins, Carlos Malta, Marcelinho Moreira, BNegão. O trabalho faz parte do documentário Native Brazilian Music, que aborda a história do disco

Com direção de Fabio Maciel e roteiro de Tárik Souza, o filme Native Brazilian Music é produzido pela TV Zero e viabilizado pelo Canal Curta! A obra deve estrear no primeiro semestre de 2026.

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