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CCXP comemora dez anos em meio a turbilhão da greve de Hollywood

A greve chegou ao fim para que nomes como Zendaya e Timothée Chalamet fizessem as malas, e justamente por isso o evento comemora uma década com seu número recorde de convidados internacionais.

Ana Clara Durazzo

29/11/2023 às 10:36

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A CCXP é, afinal, a primeira grande vitrine para Hollywood expor suas próximas apostas

A CCXP é, afinal, a primeira grande vitrine para Hollywood expor suas próximas apostas | DANILO VERPA/FOLHAPRESS

É com certa turbulência que a CCXP, a Comic Con Experience, principal feira de cultura pop da América Latina, chega aos dez anos a partir desta quinta-feira, dia 30, em São Paulo. Não por causa do histórico do evento, mas porque a greve de atores em Hollywood ameaçou atrapalhar a festa de aniversário, que vai até domingo.

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Iniciada em julho, a paralisação fez com que muitos fãs -e os próprios organizadores e estúdios- acreditassem que esta edição da CCXP aconteceria sem seus bens mais preciosos, os astros do cinema e da televisão que causam gritos e furor nos painéis que são o centro das atenções.

Mas a greve chegou ao fim no limite para que nomes como Zendaya e Timothée Chalamet fizessem as malas, no começo deste mês, e justamente por isso o evento comemora uma década com o que deve ser seu número recorde de convidados internacionais.

A CCXP é, afinal, a primeira grande vitrine para Hollywood expor suas próximas apostas, depois de 118 dias em que atores estiveram proibidos de falar com a imprensa ou usar as redes sociais para divulgar filmes e séries.

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"Embora a CCXP vá muito além dos talentos internacionais, entendemos que sem eles a coisa fica morna. Então fomos engolindo o choro ao longo da greve, mas sempre na expectativa", diz Roberto Fabri, vice-presidente de conteúdo do evento.

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"Quando a paralisação acabou, deu meia hora e já comecei a receber ligação dos estúdios confirmando convidados. Toda a organização da CCXP está acontecendo do dia 8 de novembro para cá, o que põe certa pressão sobre a operação, mas esse é o tipo de problema que a gente gosta de ter."

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Só a Warner Bros. vai trazer, para painéis com o público, os já citados Zendaya e Timothée Chalamet, que se juntam a Austin Butler e Florence Pugh e ao diretor Denis Villeneuve para falar de "Duna: Parte 2"; Anya Taylor-Joy, Chris Hemsworth e o diretor George Miller, de "Furiosa", derivado de "Mad Max", e Jason Momoa, Patrick Wilson e James Wan, de "Aquaman 2: O Reino Perdido".

Já a Disney, em momento de reestruturação de seu calendário, também não anunciou convidados internacionais, preferindo divulgar suas produções brasileiras -no ano passado, para efeito de comparação, "Avatar: O Caminho da Água", "The Mandalorian", "Elementos" e "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania" foram contemplados.

No cerne desta celebração da cultura nerd e geek, no entanto, estão quadrinhos, games e competições de cosplay, que tomam a maior parte da programação, mesmo que mais nichada. Neste ano, serão 500 quadrinistas na chamada Artists' Valley, zona destinada a artistas que queiram expor e vender seus trabalhos literários e suas ilustrações.

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Novidade neste ano, um mercado medieval será erguido no São Paulo Expo para pequenas editoras e produtoras. Haverá demonstrações de RPG, banda de música celta, uma igreja para simular casamentos e atores tornando a experiência imersiva, com inspiração nos parques temáticos da Disney.

Assim como eles, a CCXP pode suscitar dúvidas quanto ao bem-estar de seus visitantes, que se aglomeram pelos corredores, passam horas em filas e se deparam com uma praça de alimentação inflacionada. São questões que acendem um alerta poucos dias depois de Taylor Swift vir ao Brasil para uma série de shows marcados por problemas de infraestrutura e pela morte de uma fã.

"Os próprios estúdios acompanharam as notícias da Taylor e ficaram preocupados, mas são eventos completamente diferentes. Entendemos o momento, mas a gente vem se preparando para isso, até pela natureza do evento", afirma Fabri, lembrando das fantasias pesadas de cosplayers, que requerem um ar-condicionado potente no centro de convenções, o que nunca foi problema, diz.

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Com tanto planejamento, a CCXP agora quer se expandir. Depois de uma edição pré-pandêmica em Colônia, na Alemanha, a feira ganhará, em maio do ano que vem, uma versão no México.

Questionado se a proximidade do país com os Estados Unidos não faria com que estúdios preferissem divulgar seus filmes e séries por lá, esvaziando a feira brasileira, Fabri diz que acha isso pouco provável. A data no primeiro semestre, explica, foi escolhida justamente para que a programação mexicana contemple os lançamentos pouco interessados no já reivindicado clima natalino da CCXP de São Paulo.

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