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Na época, a unidade hospitalar da Marinha recebeu os pacientes que estavam em estado mais grave | Luiz Novaes/Folhapress
A cidade de Santo André, no ABC Paulista, foi cenário para as gravações da nova minissérie brasileira da Netflix, Emergência Radioativa, que contará o trágico acidente com Césio-137, ocorrido em Goiânia, em 1987.
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As gravações ocorreram neste domingo (29/5) no paço Municipal que foi transformado por um dia no Rio de Janeiro e ambientou algumas das cenas que vão retratar o atendimento das vítimas.
Na época, a unidade hospitalar da Marinha recebeu os pacientes que estavam em estado mais grave.
Para ambientação da década de 1980, estavam distribuídos pela praça carros antigos de diversos modelos, como fuscas, chevettes, entre outros.
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Já os automóveis oficiais, como ambulâncias e viaturas da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foram representados por veículos dos modelos Brasília, Santana, Kombi e Veraneio.
Além do Paço Municipal, a fachada da Escola Estadual Américo Brasiliense também foi parte de gravação da minissérie brasileira.
Criada pelo produtor e roteirista Gustavo Lipsztein e dirigida por Fernando Coimbra (Lobo Atrás da Porta), a produção dramatiza os esforços de físicos, médicos e autoridades para conter a contaminação radioativa que atingiu centenas de pessoas na capital goiana.
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A obra aposta no formato de thriller dramático e foge da abordagem policial, priorizando assim o impacto humano da tragédia. A minissérie ainda não tem data oficial de estreia.
Em setembro de 1987, dois catadores de material reciclável invadiram as instalações abandonadas do Instituto Goiano de Radioterapia (IGR) e encontraram um aparelho de radioterapia contendo o isótopo radioativo Césio-137.
Sem saber do perigo, levaram o equipamento para desmontar. O material radioativo, que emitia um brilho azul, acabou se espalhando por bairros inteiros de Goiânia, contaminando pessoas, casas, objetos e até alimentos.
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No Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste (CRCNCO), em Abadia de Goiás, estão enterradas 6 mil toneladas de rejeito radioativo em contêineres de concreto.
Na época do acidente, as áreas da cidade mais expostas à radiação foram isoladas e o Estádio Olímpico se tornou um centro de triagem da população, onde nos três meses seguintes foram monitoradas cerca de 112.800 pessoas, de acordo com informações da Marinha.
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