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Conheça a história do Cacique de Ramos, bloco criado por Bira Presidente

Sambistas vestidos de indígenas norte-americanos transformaram a história do samba e do Carnaval

Bruno Hoffmann

15/06/2025 às 10:48  atualizado em 15/06/2025 às 11:00

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Bira Presidente foi fundador do bloco Cacique de Ramos

Bira Presidente foi fundador do bloco Cacique de Ramos | Reprodução/YouTube

Por lá passavam Zeca Pagodinho, Jorge Aragão e Beth Carvalho. Mas não só. Também era a casa de Arlindo Cruz, Almir Guineto, João Nogueira e muitos outros bambas. O bloco Cacique de Ramos se tornou uma das instituições mais tradicionais do Carnaval carioca e ajudou a transformar a trajetória do samba.

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A história começou em 1961, quando Bira, que morreu neste sábado (14/6), aos 88 anos, fundou o bloco no bairro carioca de Olaria ao lado de amigos, para desfilar no carnaval daquele ano. Nunca mais deixaria de comandar o grupo, ganhando o apelido de Bira Presidente.

As moças e rapazes saíram vestidos de indígenas e passaram a rivalizar com outro bloco tradicional da cidade, o Bafo de Onça, pela avenida Rio Branco. Logo nas primeiras canções os caciqueanos mostravam a que vinham: "Visto um saiote de penas / Uso também um lindo cocar/ Meu nome é Cacique de Ramos / Sou vacinado e batizado / O que é que há".

As rodas de samba do pessoal passaram incorporar novos temas e instrumentos ao gênero musical, como o tantã, o banjo e o repique de mão. Os mais tradicionalistas torciam o nariz, mas a inovação – com respeito à tradição – se tornou marca do bloco.

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Sucessos nacionais

As músicas que nasciam do pessoal Cacique, em volta da tamarineira que fica ao lado da sede, começaram a se tornar sucesso nacional durante os anos 1980, principalmente pelas vozes de Beth Carvalho e do grupo Fundo de Quintal, também criado por Bira Presidente e que teve o primeiro álbum lançado em 1980.

Um pouco mais tarde foi a vez de Zeca Pagodinho gravar os pagodes do pessoal do Cacique.

Em 2012 a Mangueira homenageou o bloco em seu desfile, sob o enredo Vou festejar! Sou Cacique, sou Mangueira: "É o Cacique de Ramos / Planta onde, em todos os ramos / Cantam os passarinhos nas manhãs…"

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“Uma das imagens mais marcantes do carnaval carioca é, sem dúvidas, o desfile do Cacique de Ramos. Milhares de foliões fantasiados de apaches ocupam durante três dias a avenida Rio Branco e mostram como o velho oeste foi devorado antropofagicamente pelo ziriguidum tupiniquim”, exaltou o historiador Luiz Antonio Simas.

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