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Jotapê surpreende ao revelar o que viveu entre o rap, Sintonia e o Corinthians

Em entrevista exclusiva ao 'Direto da Gazeta', artista também comentou sobre novo álbum e particiação de Emicida

Monise Souza

24/10/2025 às 17:45

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Jotapê comentou sobre seu novo álbum, a produção com Papatinho e a amizade com Emicida

Jotapê comentou sobre seu novo álbum, a produção com Papatinho e a amizade com Emicida | Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo

O rapper Jotapê, um dos nomes mais expressivos da nova geração do rap e famoso pelas batalhas de rima, falou sobre representatividade, o trabalho em Sintonia e sua relação com o Corinthians em entrevista exclusiva ao “Direto da Gazeta”.

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O artista comentou o papel da periferia na cultura, os desafios de acesso à arte, sua ligação com o time do coração e as novas experiências na atuação e nos palcos.

Jotapê também comentou sobre seu novo álbum, a produção com Papatinho e a amizade com Emicida. 

“Até a última rima”

Jotapê lança seu segundo álbum solo, "Até a Última Rima", reunindo colaborações com grandes nomes do rap e da música brasileira, como Emicida, Lulu Santos, L7NNON e Lezin, mostrando a consolidação do artista na cena e a “transição” do freestyle para o estúdio.

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“A escolha dos feats foi, a gente fez junto também, desde o Guinão, que é meu parceiro, até o Lulu Santos, que chegou nele através do Papato também. Tudo teve mão minha e teve mão do Papato na parada.”

Segundo o artista, a participação e Lulu Santos foi um marco da produção do álbum.

“O Lulu Santos foi o super trunfo. Uns quatro dias antes de sair o álbum me falaram que ele ouviu a música, e ele autorizou o autoral, falou que podia colocar o nome dele como feat. Fiquei doido, tipo, bizarro, e estamos no contato até hoje.”

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Racismo estrutural

Jotapê começou falando sobre as dificuldades enfrentadas por jovens periféricos para acessar grandes festivais culturais. O artista, junto com o amigo Magrão, foram acusados injustamente de roubo e abordados de forma agressiva por seguranças durante o festival The Town, em São Paulo.

“Se fosse qualquer outro moleque, anônimo, como que eles iam recorrer se acontecesse uma situação dessa? Uma pessoa desconhecida e retinta não vai pensar: ‘posso colar?’ Porque os caras são muito maiores e não tiveram resposta.”

Para o rapper, a exclusão social e o racismo estrutural ainda limitam a democratização da cultura, tema que ele também carrega para suas letras e performances.

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O artista também falou sobre o acesso desses jovens em festivais como este.

“O problema não é nem a distância, é o acesso. Os ingressos são caros, e naturalmente quem frequenta não se parece comigo”, disse. “Aí a gente segue um problema estrutural. Quando eu tô lá, é óbvio que o segurança vai olhar pra mim, vai falar que eu roubei um celular. Uma coisa leva à outra.”

Conexão com Corinthians

Torcedor declarado do Corinthians, Jotapê contou sobre a experiência de ter assinado contrato com o Corinthians Esports, além de ter sido modelo do uniforme oficial do clube.

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“Foi um marco na minha carreira. Eu sou corinthiano desde que me conheço por gente. Ainda que tenha sido por um curto tempo, vestir a camisa do Corinthians foi um sonho realizado. Meu sonho era ser jogador antes de tudo. Deus realizou esse sonho de outro jeito, literalmente por linhas tortas.”, contou

A parceria com o clube também aproximou o artista dos jogadores. “Hoje tenho amizade com vários: Memphis, Garro, Maicon, Bidon, Hugo Souza... É bizarro ver os caras que eu admiro me seguindo e trocando ideia comigo”, celebrou.

Artista múltiplo

Um marco recente na trajetória de Jotapê foi sua participação na série “Sintonia”, da Netflix, onde ganhou destaque nas últimas temporadas.

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“Foi um divisor de águas. Tive mais tempo de set, mais ensaio, e isso me fez querer me especializar como ator. A série retrata a realidade. Mais do que saber atuar, você precisa ser. A gente adaptava falas, falava do nosso jeito. Foi um primeiro contato muito legal com o cinema.”, conta.

O rapper adiantou que já participou de novos testes e tem projetos em andamento, ainda não divulgados. “Tenho muita vontade de continuar atuando. Depois de Sintonia, quero me posicionar nesse lugar, mostrar que também sou ator.”

Além da música e da atuação, Jotapê revelou seu interesse por outras expressões culturais, especialmente a dança e a poesia.

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“A dança sempre esteve presente na minha vida. Minha família sempre dançou muito samba rock, break... E agora quero colocar isso nos meus shows. O break é hip hop, faz parte da essência”, explicou.

Ele também contou sobre o contato com os slams de poesia em Guarulhos e destacou a força da poesia.

“Presença de alma”

Ao ser pedido para se definir em um verso, Jotapê escolheu um trecho que costuma animar o público nas batalhas.

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“Não me pede calma. Jotape não é presença de palco, Jotape é presença de alma. Tudo que eu faço, tento fazer com alma. Desde uma entrevista até uma rima. Acho que é meu diferencial, que pode até me prejudicar às vezes, mas é o único jeito que sei ser.”

Encerrando a entrevista, o rapper agradeceu aos fãs e reforçou o convite para ouvir seu álbum “Até a Última Rima”, lançado recentemente, e agitou o público para uma novidade exclusiva em novembro.

“Escuta sem moderação. E fiquem ligados no dia 21 do mês que vem tem surpresa em São Paulo”, finaliza.

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