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Líder de banda Alma Djem exalta cenário musical de Brasília              

Marcelo Mira lembra como Brasília foi uma cidade única para a música nacional; artista também revela lançamento

Bruno Hoffmann

26/08/2025 às 08:05  atualizado em 26/08/2025 às 08:58

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O cantor e compositor Marcelo Mira, da banda Alma Djem

O cantor e compositor Marcelo Mira, da banda Alma Djem | Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo

A banda Alma Djem nasceu em 1997 em Brasília, em meio a uma cena cultural que agitava a cidade de forma intensa pelo menos desde a década de 1970. Um dos fundadores, Marcelo Mira, lembrou em entrevista à Gazeta como isso o influenciou a fazer a música que ele passou a executar. Além disso, ele contou mais sobre o lançamento ao lado de Vitor Kley (leia mais abaixo).

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Nascido no Rio de Janeiro, ele se mudou com a família para a capital do País em janeiro de 1985, durante o Rock in Rio. Logo percebeu que o seu novo lugar também tinha uma vida musical intenda.

Alma Djem acaba de lançar música nascida de projeto relacionado a São Paulo/Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo
Alma Djem acaba de lançar música nascida de projeto relacionado a São Paulo/Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo
Marcelo Mira, durante entrevista à Gazeta/Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo
Marcelo Mira, durante entrevista à Gazeta/Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo
As suas primeiras grandes influências, contou, foram os Paralamas do Sucesso/Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo
As suas primeiras grandes influências, contou, foram os Paralamas do Sucesso/Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo
'Brasília foi esse celeiro, esse caldeirão, porque gente do Brasil inteiro foi para lá'/Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo
'Brasília foi esse celeiro, esse caldeirão, porque gente do Brasil inteiro foi para lá'/Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo
Nascido no Rio de Janeiro, ele se mudou com a família para a capital do País em janeiro de 1985, durante o Rock in Rio/Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo
Nascido no Rio de Janeiro, ele se mudou com a família para a capital do País em janeiro de 1985, durante o Rock in Rio/Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo

Tinha Plebe Rude, Capital Inicial, Paralamas, Legião, Cássia Eller. Era um monte de coisa acontecendo, todo mundo começando”, lembrou.

“Brasília foi esse celeiro, esse caldeirão, porque gente do Brasil inteiro foi para lá. O carioca, que era funcionário público no Rio, o nordestino que foi tentar vencer na vida. O cara do Centro-Oeste, de Goiás, que já estava lá”, destacou.

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Para ele, o fato de haver também muitos filhos de diplomatas facilitou que movimentos estrangeiros chegassem à cidade antes de outras partes do País.

“Havia muito filho de diplomata, que tinha acesso a músicas e movimentos culturais que não tinham chegado aqui ainda. Depois, veio o reggae: o Natiruts, o Alma Djem, o Maskavo, o Renato Matos, que é pai da Flora Matos. Era uma miscelânea cultural e de comportamentos. A galera teve que achar uma identidade cultural em uma cidade que não tinha muito o que fazer”, contou.

Ele destacou também a força do hip hop na cidade. “Câmbio Negro, por exemplo, era muito forte em Brasília. Na periferia vinha surgindo uma cena muito poderosa, que estava um pouco à margem, mas ao mesmo tempo vieram tomando conta. Hoje está muito forte: tem Hungria, Tribo da Periferia, e vários outros”.

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As suas primeiras grandes influências, contou, foram os Paralamas do Sucesso. “Musicalmente, em termos de letras, a forma poética, a mistura do ska e do reggae com o rock. Tudo isso me influenciou muito. Gostava muito de The Police também”.

Lançamento

Um dos maiores clássicos do Alma Djem acaba de ganhar nova vida com a participação de Vitor Kley. A faixa “Divide”, lançada originalmente no álbum Grito de Liberdade (2000), está de volta em uma versão inédita e emocionante no EP “IBIRA”, quinta parte do DVD “Acústico em São Paulo”.

Querida pelo público desde o lançamento, ela já ganhou outras versões ao longo dos anos — incluindo uma releitura no DVD Natiruts Reggae Brasil, interpretada pela banda Natiruts com participação especial de Marcelo Mira.

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O encontro entre Mira e Kley tem raízes antigas. Os dois se conheceram em 2011, na casa do cantor Armandinho, na Praia Brava, durante as gravações do projeto Praia Trio.

“Estávamos gravando o álbum do Praia Trio — eu, Armandinho e Fred, do Macucos —, quando o Armandinho comentou: ‘Tá vindo aí um garoto chamado Vitor Kley que vai ser sucesso muito em breve’. E não deu outra. O Vitor chegou com uma humildade gigante e disse que curtia o som do Alma Djem. Ali já percebi que ele tinha uma luz diferente”, relembrou Marcelo Mira.

Anos depois, em 2022, os artistas voltaram a se encontrar em Comandatuba, na Bahia, durante um evento fechado da Rádio Transamérica realizado durante a Copa do Mundo. Foi ali que Mira compartilhou a ideia de um projeto acústico da banda e fez o convite para que Vitor participasse. A escolha da música partiu do próprio Kley, que já era fã de “Divide”.

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“Essa música tem uma história linda com o nosso público, e ter o Vitor dividindo esse momento com a gente foi especial demais. Ele trouxe uma verdade, uma energia que renovou a faixa. É como se ‘Divide’ tivesse ganhado um novo começo, sem perder sua essência”, afirma Mira.

A participação de Vitor Kley em “Divide” é um dos pontos altos do EP “IBIRA”, que leva o nome de um dos maiores símbolos da capital paulistana, cidade que acolheu e inspirou o projeto Acústico em São Paulo.

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