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MC PP da VS durante entrevista à Gazeta | Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo
O cantor e compositor MC PP da VS está na fase final da preparação do álbum “Versos de Ouro”, em que dividirá as faixas com 12 MCs de funk iniciantes escolhidos pelas redes sociais. O lançamento sairá pela produtora GR6.
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O processo iniciou quando ele decidiu abrir caminho para novos artistas. Só que não quis apenas fornecer a estrutura para gravação, como já fez em outras vezes, mas associar o próprio nome ao projeto.
“O negócio está ficando bom demais. Estou trabalhando sem parar para colocar a novidade no mundo o quanto antes”, afirmou. A expectativa é que já saia em outubro.
Ele destacou que quando publicou a ideia nas redes sociais não imaginava que ia receber respostas de tanta gente interessada.
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“Postei na rede social, só que, com a repercussão, vi que tinha muita gente precisando dessa estrutura. Decidi então fazer um álbum e convocar essa molecada. Eu poderia levar apenas para o estúdio e deixar o moleque gravar, mas resolvi trazer para um projeto meu”, detalhou.
Com letras que misturam ostentação e consciência social, MC PP da VS se destaca pelo texto denso e realista sobre os problemas das periferias do País.
Ele explicou que a inspiração vem de MC Daleste, o lendário funkeiro paulistano assassinado durante uma apresentação em 2013. Os dois moravam na mesma região na zona leste da Capital e já eram amigos antes da notoriedade nacional.
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“Desde o começo a gente estava junto, gravava [as músicas] nas lan houses e mostrava para mim. Isso antes dele estourar. Ele começou a dar certo, e me incentivou a fazer umas rimas. Sempre brisei no estilo de músicas dele”, lembrou.
Na entrevista, ele também defendeu o estilo ostentação, que mostraria exemplos de superação para jovens de periferia, disse que pretende cada vez mais fazer músicas com mensagens positivas, para dar bons exemplos para os filhos, e que pretende se aprofundar em outros gêneros, como o rap, o reggae e o samba.
Pelo menos um reggae já está garantido no próximo álbum. “Estou entrando em contato com um pessoal legal do reggae, que está me acolhendo bem. Devem rolar uns feats”, disse, empolgado.
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“Pessoal [parte dos fãs e da imprensa] fala: você canta funk, cara, faz funk. Mas não. Eu sou músico, posso ir para várias vertentes”, completou.
O artista afirmou ainda serem injustas as acusações de apologia ao crime pelo gênero. "A maior apologia que tem é a fome. Se o pessoal quer mudar a letra do funk, tem que mudar primeiro o que acontece na favela. O pessoal só está cantando o que está vendo".
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