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Ingressos para 'Meu Remédio' custam a partir de R$50 | Claudia Ribeiro/Divulgação
Após conquistar os públicos mineiro e carioca, o monólogo autobiográfico “Meu Remédio”, de Mouhamed Harfouch, estreia em São Paulo, no Teatro Santos Augusta, na região de Cerqueira César, no dia 30 de agosto.
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Escrito, produzido e protagonizado pelo ator carioca, e com direção de João Fonseca, o espetáculo parte da premissa de que “todo nome guarda uma história pra contar” e, a partir dela, mergulha em memórias, identidades e afetos.
A peça estreou em 2024, em Juiz de Fora (MG), com três apresentações especiais, e seguiu para o Rio de Janeiro, onde permaneceu por mais de seis meses em cartaz, passando por cinco diferentes palcos da cidade, em uma jornada marcada por casas cheias, críticas positivas e fortes conexões com o público.
“Meu Remédio” propõe um mergulho pessoal, mas recheado de ressonância coletiva. Com doses equilibradas de humor e drama, Harfouch revisita momentos marcantes de sua trajetória, explorando temas como identidade, pertencimento, ancestralidade e autoaceitação.
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A obra marca também um momento especial de reinvenção artística e pessoal, celebrando os 30 anos de carreira do ator, que acumula mais de 40 produções teatrais, além de novelas, como “Pé na Jaca”, “Cordel Encantado”, “Amor à Vida” e “Órfãos da Terra”, séries, como “Rensga Hits” e “Betinho - No Fio da Navalha”, e filmes, como “Uma Pitada de Sorte” e “Nosso Lar 2”.
Sua trajetória inclui ainda musicais como “Querido Evan Hansen”, vencedor do troféu de “Destaque Elenco” no “Prêmio Destaque Imprensa Digital 2024”, e “Ou Tudo ou Nada”, que lhe garantiu uma indicação ao “Prêmio Bibi Ferreira de Melhor Ator” em 2016.
“A peça nasce da minha vontade de entender e compartilhar a relação com o meu nome, com minha história de vida, com a mistura de culturas que carrego. Sou filho de imigrantes sírios por parte de pai e portugueses por parte de mãe. Crescer com um nome tão emblemático em um Brasil dos anos 70, em que o preconceito e a dificuldade de aceitação eram muito presentes, não foi fácil”, conta Harfouch.
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O ator explica que, com o espetáculo, busca tocar o coração do público ao falar, sobretudo, como cada ser é único e especial em sua individualidade, origem e essência.
"A peça é uma comédia, mas carrega uma reflexão sobre aceitação e pertencimento, sobre entender que, muitas vezes, o maior remédio é aceitar quem somos."
A ideia da peça começou a germinar ainda durante as gravações da novela “Órfãos da Terra”, da TV Globo, quando o ator foi levado a revisitar suas raízes e encarar memórias profundas. Mas, foi durante a turnê com a peça “Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito”, ao lado de Vera Fischer, que esse processo se intensificou, levando-o a necessidade de transformar tudo isso em arte.
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O mergulho em suas camadas mais íntimas resultou em meses de escrita intensa e no enfrentamento de um novo desafio: somar, à entrega emocional do palco, a coragem de assumir também a produção do próprio espetáculo.
“Já tinha produzido no começo da minha carreira, mas agora, com mais maturidade, me senti mais preparado para enfrentar esse desafio. Produzir e atuar ao mesmo tempo é uma tarefa árdua. A maior dificuldade foi lidar com as duas funções e ainda me manter fiel à ideia que queria transmitir. Mas, com o apoio de grandes amigos e parceiros como Tadeu Aguiar e Eduardo Bakr, senti que tínhamos força para fazer isso acontecer”, revela ele.
A parceria com o diretor João Fonseca foi decisiva para o tom do espetáculo. Com um histórico de montagens de grandes biografias musicais nacionais e internacionais, como “Tim Maia”, “Cazuza”, “Cássia Eller”, “Elvis Presley”, “Tom Jobim” e “Djavan”, Fonseca foi o responsável por equilibrar delicadeza e comicidade.
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“João Fonseca é um amigo e um grande diretor. Ele segurou a minha barra de maneira sensível e honesta, e acreditou no meu projeto desde o início. Sem ele, não sei se teria conseguido fazer essa transição entre o autor e o ator de forma tão tranquila”, comenta Harfouch, com quem já havia trabalhado anteriormente no monólogo online “Homem de Lata”, fruto da pandemia.
Misturando elementos autobiográficos e ficcionais, a peça, que já na escolha do título faz referência a uma situação vivida com o seu nome de batismo, apresenta um monólogo íntimo, costurado a algumas canções, entre hits e paródias, cantadas e tocadas ao vivo pelo ator.
Durante a peça, Harfouch recria personagens que representam figuras significativas nas duas primeiras décadas da sua vida, mantendo, ao mesmo tempo, a privacidade de sua própria história.
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Com uma abordagem sensível e profunda, a obra convida o público a refletir sobre a importância da autocompreensão e do existir de cada um. “Meu Remédio” destaca como um nome, muitas vezes imposto, carrega histórias que conectam o indivíduo ao passado e iluminam seu futuro, convidando o público a olhar para dentro, entender melhor a própria caminhada e perceber como a arte pode ser um remédio.
“Um nome nunca é só um nome. É uma jornada, fala dos que vieram e dos que virão. Poder enxergar melhor os caminhos de fora e nossos desejos é algo que me move. 'Meu Remédio' foi um ponto de partida, pois aceitar quem somos é curativo e a arte salva”, finaliza Harfouch.
Para quem gosta de monólogos, não deixe de conferir que Gregório Duvivier lota Theatro Municipal com peça que mistura poesia e humor.
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Serviço
“Meu Remédio”
Onde? Teatro Santos Augusta - Alameda Santos, 2159 - Jardim Paulista, São Paulo
Temporada: De 30 de agosto a 28 de setembro
Sessões: Sábado às 20h | Domingo às 18h
Valor: Plateia R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia) | Balcão R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia)
Vendas: Bilheteria do Teatro e site da Sympla
Duração: 75 minutos
Classificação: 10 anos
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