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Ingressos para 'A Mulher da Van' custam a partir de R$ 60 | Priscila Prade/Divulgação
O espetáculo “A Mulher da Van”, do autor inglês Alan Bennett, com direção brasileira de Ricardo Grasson e estrelado pela multifacetada atriz Nathalia Timberg, que completa 96 anos em agosto, já tem data para retornar a São Paulo: 4 de julho.
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Em cartaz no Teatro Bravos, na zona oeste, até o dia 3 de agosto, a montagem, que já foi adaptada até para os cinemas, trabalha com temas como as complexas relações humanas, a tolerância e o etarismo.
Com tradução assinada por Clara Carvalho, o elenco de “A Mulher da Van” é composto por outros grandes nomes do teatro brasileiro, além da veterana Nathalia Timberg, como Caco Ciocler, Nilton Bicudo, Duda Mamberti, Roberto Arduin, Lilian Blanc, Noemi Marinho, Cléo De Páris e Lara Córdulla.
Ricardo Grasson, diretor da montagem brasileira, comenta sobre as escolhas do elenco, destacando que um time poderoso foi formado.
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“Todos eles são atores de transfiguração, de composição, porque eles têm muita facilidade de se transformar no próprio personagem, mudando o jeito de andar, de falar, a voz, o corpo e expressões. Esse tipo de ator é muito raro.”
O diretor conta ainda que a ideia de montar o espetáculo era um sonho antigo da própria Nathalia Timberg, atriz que teve sua trajetória homenageada na edição de 2024 do Prêmio Bibi Ferreira.
“Ela tinha esse texto há mais de 15 anos e, quando nós fazíamos a peça ”33 Variações”, em 2016, me contou sobre a vontade de montá-la. Com a pandemia de Covid-19, ela ficou cinco anos longe do palco e, então, me ligou dizendo que gostaria de finalmente retomar o projeto - possivelmente seu último trabalho”, revela.
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A peça conta a história real de Mary Shepherd, uma senhora inglesa acumuladora que, na década de 1970, morava em uma van no subúrbio de Londres. Com um passado misterioso e problemático, de tempos em tempos ela estaciona na frente das residências.
Inicialmente relutante em interagir com a “mulher da van”, Alan desenvolve, aos poucos, uma relação de amizade e compreensão com ela.
Ao longo da narrativa, Alan tenta conciliar sua própria vida pessoal e profissional com a presença de Shepherd na rua, tornando-se cada vez mais envolvido em seu dia a dia, oferecendo-lhe, inclusive, assistência prática e apoio emocional.
A relação entre os dois personagens principais é marcada por humor, compaixão e reflexões sobre solidão, humanidade, envelhecimento e os desafios da convivência.
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“Paralelamente, a peça conta que o escritor, apesar de ter uma relação muito boa com a própria mãe idosa, que morava em outra cidade, precisou interná-la em uma casa de repouso, pois não tinha como cuidar dela. É muito interessante, pois o texto fala um pouco sobre essas relações humanas e do cuidado que, às vezes, não conseguimos ter com uma pessoa da própria família, mas acabamos tendo por um desconhecido”, explica Grasson.
Sobre a encenação, o diretor revela que não tentou atualizar o texto para a atualidade, mas procurou fazer um paralelo com o realismo fantástico, tema central de sua pesquisa.
“Toda a encenação, a parte plástica do espetáculo, tem a influência dessa estética, que é muito mais comumente vista na literatura e no cinema. E o realismo fantástico nada mais é do que o realismo distorcido, que é um pouco como a nossa vida”, acrescenta.
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O espetáculo conta também com Cesar Costa, na cenografia; Cesar Pivetti, no desenho de luz; LP Daniel, na trilha sonora e desenho de som; Marichilene Artisevskis, nos figurinos; e Simone Momo, no visagismo. A produção geral é de Marco Griesi, da Palco 7 Produções.
Serviço
A Mulher da Van - “The Lady in The Van”, de Alan Bennett
Temporada: De 4 de julho a 3 de agosto de 2025; sextas, às 21h, sábados, às 17h e 21h, domingos, às 18h
Onde? Teatro Bravos - Rua Coropé, 88 – Pinheiros
Ingressos: Plateia Premium - R$ 200 (inteira) | R$ 100 (meia)
Plateia Baixa - R$ 160 (inteira) | R$ 80 (meia)
Mezanino - R$ 120 (inteira) | R$ 60 (meia)
Vendas: Sympla
Classificação: 12 anos
Duração: 100 minutos
Capacidade: 611 lugares
Acessibilidade: teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida
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