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Rodrigo Alarcon destaca a vontade de trabalhar com obras atemporais em entrevista à Gazeta | Yuri Villaça/Gazeta de S.Paulo
Considerado um dos novos nomes da Música Popular Brasileira (MPB), Rodrigo Alarcon lançou seu segundo álbum "Guizo de Cascavél" em 2025, dez anos após o lançamento da sua primeira música com grande repercussão.
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Em entrevista exclusiva ao "Direto da Gazeta", Rodrigo revelou ter evoluído como artista e compositor a partir de suas viagens pelo País, descobrindo uma coisa nova a cada lugar que visitava.
Sua primeira música, "O Lado Vazio do Sofá", partiu de uma vontade despretensiosa de falar, enquanto seu novo álbum é a soma das viagens, dos shows e das vivências do artista em diferentes cidades brasileiras.
“Para o compositor, viajar o Brasil é um prato cheio para você se inspirar, você vai para cada canto e você descobre coisas novas e isso tudo acaba agregando na minha música”, revela.
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Entre as principais descobertas, o artista destaca a história de Zabé da Loca, a primeira mulher pifanista do Brasil.
"Eu recentemente conheci o Cariri Paraibano e foi incrível…quando você vai na casa de Zabé da Loca, a primeira mulher pifanista do Brasil, e você vê a forma como ela vivia, como ela fez para poder tocar um instrumento dela, tudo isso é muito engrandecedor. Ela foi morar longe numa pedra, porque na época era proibido mulher tocar pífano, e ela foi para poder tocar um instrumento dela, ela foi morar em uma loca, que é uma pedra com parede de pau a pique, onde ela criou os filhos dela e lá ela podia tocar o instrumento dela", completa.
A entrevista abordou o propósito de Rodrigo como artista e como um representante da MPB.
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“Eu quero, na verdade, é que as pessoas se libertem de qualquer coisa que as prenda nesse sentido”, afirma.
Inspirado em Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gonzaguinha e Angela Ro Ro, Rodrigo se vê como uma mistura entre diferentes estilos e busca se encontrar na vasta imensidão da MPB.
O artista também destaca a vontade de trabalhar com obras atemporais e compara as suas produções ao longo dos anos, passando de um artista com músicas datadas para um artista atemporal.
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“O que eu gosto de como tem sido trabalhada a minha obra é essa atemporalidade. Eu não quero fazer músicas datadas para que agora dê certo e daqui 5 anos as pessoas esqueceram”, disse.
Um dos grandes exemplos desta atemporalidade é a música "Apesar de Querer", lançada em 2019 e que ganhou grande repercussão após virar trilha sonora de uma novela da TV Globo em 2022, cinco anos depois.
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