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Ingressos para 'Ney Matogrosso - Homem com H' custam a partir de R$ 50 | Adriano Doria/Divulgação
Sucesso de público e crítica, o musical "Ney Matogrosso – Homem com H", que já reuniu mais de 70 mil pessoas em sua passagem por cinco cidades brasileiras, como Rio de Janeiro, Fortaleza e Curitiba, se prepara para retornar a São Paulo.
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A peça já fez temporada na capital paulista em 2023 e volta a São Paulo no dia 19 de setembro. A montagem ficará em cartaz no Teatro Porto, na região central, até 7 de dezembro, com sessões às sextas, sábados e domingos.
Produção, da "Paris Cultural", braço de artes cênicas da "Paris Filmes", tem texto de Emílio Boechat e Marília Toledo, que venceram o "Prêmio Bibi Ferreira", o mais importante do setor no Brasil, por este trabalho. A direção da peça é de Toledo e Fernanda Chamma, enquanto a direção musical é assinada por Daniel Rocha.
No palco, o camaleônico Ney Matogrosso, grande homenageado do musical, é interpretado por Renan Mattos, que venceu os prêmios "Bibi Ferreira" e "DID 2022", além de ter sido indicado ao "APCA" por sua interpretação. O ator é acompanhado por mais 16 artistas e banda ao vivo, composta por 6 músicos.
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'Ney Matogrosso – Homem com H'
A ideia de montar o espetáculo, como conta a diretora e autora Marília Toledo, surgiu depois que ela soube que seus sócios Marcio Fraccaroli e Sandi Adamiu tinham adquirido os direitos para realizar um longa-metragem sobre a vida de Ney Matogrosso, que estreou nos cinemas em maio de 2025.
"Eu logo pedi para que eles também adquirissem os direitos para levar a história para o teatro. Tivemos um almoço com o Ney, quando pudemos compartilhar com ele nossa visão sobre esse musical", revela.
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"Ney é um artista único, com uma visão cênica impressionante. Ele cuida de todas as etapas de sua performance. Além da escolha de repertório e banda, pensa no figurino, na iluminação, na direção geral. E, quando está em cena, transforma-se em diferentes personagens. Ele nunca estudou dança e, quando o assistimos, parece que nasceu sabendo dançar. Mas ele jamais se coreografa. É sempre um movimento livre", complementa.
Renan Mattos, responsável por dar vida à Ney no musical, é extremamente desafiador interpretar uma figura tão importante para a cultura brasileira:
"O Ney é um ser camaleônico, tem um lado íntimo reservado, mas ao mesmo tempo é catártico no palco e apresenta um leque de personas a cada música. Cada uma dessas personas tem algo de místico, de misterioso, de selvagem, um ser ‘híbrido’ como definido por muitos, indecifrável. Então eu não me sinto interpretando o Ney e sim pedindo licença e pegando emprestado tudo aquilo que ele transformou na música e na vida das pessoas, todos os caminhos que ele abriu para pessoas e artistas como eu e isso é muito significativo."
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A montagem tem a proposta de apresentar ao público essa figura tão importante, "algo obrigatório para qualquer brasileiro", como considera Toledo.
"A discografia de Ney Matogrosso passeia pelos compositores mais importantes do nosso país, o que reflete a nossa história. E sua história de vida é extremamente interessante. Ele sempre foi um homem absolutamente autêntico. Experimentou e ousou como nenhum outro artista, enfrentando os militares de peito aberto e nu, literalmente", comenta.
A montagem
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"Ney Matogrosso – Homem com H" explora momentos e canções marcantes da trajetória do cantor, sem seguir uma ordem cronológica.
A história começa em um show do "Secos & Molhados", em plena ditadura militar, quando uma pessoa da plateia o chama de "viado". Essa cena se funde com momentos da infância e adolescência do artista. E, a partir dela, outros episódios vão se encadeando no palco
Para contar essa história, Marília Toledo e Emilio Boechat mergulharam nas três biografias já publicadas sobre Ney Matogrosso, além de matérias jornalísticas, vídeos e conversas com o próprio artista.
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"Com a ajuda do próprio Ney, tentamos ser fiéis aos fatos mais importantes de sua vida privada e profissional, mas com a liberdade lúdica que o teatro pede", revela a diretora.
Em relação às canções do homenageado, o musical também não segue uma cronologia, exceto nos momentos em que a dramaturgia precisa ser mais fiel à realidade. As músicas vão sendo encaixadas no contexto de cada cena e as letras acabam estabelecendo um diálogo com a vida do homenageado.
Quanto à encenação, as diretoras apostam em um ensemble potente, que irá apoiar o protagonista do começo ao fim, praticamente sem sair de cena. As trocas de figurinos e até maquiagens são feitas na frente do público, brincando com as ideias de oculto e explícito o tempo todo.
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Ney Matogrosso: liberdade de ser quem se é
Além da própria trajetória do homenageado, o musical discute um tema cada vez mais relevante para a realidade brasileira: a liberdade.
"A liberdade de ser quem se é, a qualquer custo. Ney combateu a ditadura não com palavras, mas com sua atitude cênica, entrando maquiado e praticamente nu no palco e na televisão, na época de maior censura que o país já viveu. As ambiguidades que ele sempre trouxe para o público foram pauta na década de 70 e permanecem em pauta até os dias de hoje. Ele também sempre foi adepto do amor livre e deixou clara a sua bissexualidade desde o início", destaca Toledo.
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Outro aspecto de grande importância na montagem são os icônicos e provocantes figurinos de Ney Matogrosso. A diretora conta que a figurinista Michelly X fez uma intensa pesquisa dos trajes originais usados pelo artista-camaleão para poder reproduzi-los com bastante fidelidade.
"Para a direção musical, demos total liberdade a Daniel Rocha na concepção musical e sonora. Ele tem uma inteligência profunda na arte de contar histórias por meio de seus arranjos e escolhas de instrumentos e vozes para cada momento da trama."
Serviço
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Ney Matogrosso - Homem com H
Quando? De 19/9 a 7/12; sextas e sábados, às 20h e domingos, às 17h
Onde? Teatro Porto - Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo
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Duração do espetáculo: 3h (com 15 minutos de intervalo)
Ingressos: Plateia (R$ 250); Balcão e Frisa (R$ 200); Preço Popular (R$ 50)
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