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Ópera 'Porgy and Bess' terá elenco composto em sua maioria por artistas negros | Thgusstavo Santana/Pexels
O Theatro Municipal de São Paulo apresentará entre os dias 19 e 27 de setembro um dos maiores clássicos do repertório lírico do século 20: “Porgy and Bess”, de George Gershwin, com libreto de DuBose Heyward.
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A montagem, inédita, reunirá um elenco composto em sua maioria por artistas negros, reafirmando o compromisso da instituição com a diversidade e a representatividade nas artes cênicas, com destaque especial para a ópera, que sempre esteve em um lugar elitista.
As apresentações, com direção musical do maestro Roberto Minczuk, ocorrerão na Sala de Espetáculos e os ingressos, já disponíveis no site oficial do Theatro, custam de R$ 33 a R$ 210. A duração do espetáculo é de aproximadamente 230 minutos.
Detalhes da ópera “Porgy and Bess”
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Com direção cênica de Grace Passô, a montagem traz à cena o universo multifacetado desta ópera, que une as fronteiras do jazz, folk, teatro e da música clássica, para contar uma história de luta e amor.
“Quando pensamos em realizar uma montagem inédita de Porgy and Bess, o nome da Grace Passô surgiu imediatamente como a pessoa ideal para propor a concepção e assinar a direção cênica. Como dramaturga, diretora cênica, diretora de cinema e atriz, Grace soma atributos e se esmera pela contundência. Sua primeira abordagem da obra foi no sentido de criar paralelos entre o contexto estadunidense da época e o nosso contexto atual no Brasil”, explica Andrea Caruso Saturnino, superintendente geral do Complexo Theatro Municipal de São Paulo.
A trama de “Porgy and Bess” gira em torno das dores e paixões dos moradores de Catfish Row. Espetáculo tem como protagonsitas os personagens Porgy, um homem humilde e com uma deficiência física, e Bess, em busca de redenção após uma vida de provações.
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Clássicos como “Summertime”, célebre canção interpretada por artistas como Billie Holiday, Janis Joplin, Louis Armstrong e Ella Fitzgerald, “My Man's Gone Now” e “I Got Plenty o' Nuttin'” dão voz e alma para esta narrativa que cruza fronteiras entre o jazz, o teatro e a música clássica, mantendo-se relevante por sua profundidade emocional e sensibilidade social.
Concebida originalmente por George Gershwin como uma “ópera folclórica americana”, a montagem foi apresentada pela primeira vez em 1935.
No Municipal, “Porgy and Bess” estreou, com um elenco majoritariamente negro, em 1992. Vinda da companhia da “Ópera de Virgínia”, a produção percorreu uma turnê pela América do Sul, passando pela Argentina e pelo Uruguai, até encerrar sua trajetória em São Paulo.
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Na produção de 2025, inteiramente feita no Brasil, a diretora Grace Passô traz elementos do contexto cultural e das comunidades das periferias brasileiras para a cena. Ela foi a primeira dramaturga negra a receber o Prêmio Shell no Brasil.
Entre suas obras no teatro, dirigiu “Por Elise” (grupo de teatro Espanca!), “Vaga Carne” (com a própria autora), “Herança” (com Maurício Tizumba), “Pretoperitaomar” (sobre a vida de Itamar Assumpção) e “O Fim” e “Uma Outra Coisa” (com Zora Santos).
“O momento em que o Gershwin criou essa ópera, era um momento muito importante da música mundial por conta do impacto do Jazz e de como essa cultura lidava com as tensões raciais. Fazemos aqui o exercício de pensar o que está acontecendo no Brasil de hoje, através desta versão que imagina paralelos contemporâneos com a trama original escrita nos anos 1930”, explica Grace Passô.
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A concepção cenográfica é assinada por Marcelino Melo, conhecido como Quebradinha, artista plástico, cenógrafo e figurinista cuja obra transita entre a arte popular e o imaginário afro-brasileiro. Seu trabalho é amplamente reconhecido pelas detalhadas miniaturas de favelas, que recriam com precisão poética becos, casas e paisagens urbanas brasileiras, transformando memória e vivência em arte.
Essas obras, já expostas em galerias e projetos culturais no Brasil e no exterior, revelam um olhar sensível sobre a vida nas periferias e a resistência das comunidades.
O espetáculo contará ainda com a participação especial do “Coro Porgy and Bess”, formado por cantores do “Coro Lírico Municipal”, integrantes do Coral Paulistano e artistas convidados. A fusão dessas formações, sob regência da maestra Maíra Ferreira, dará à montagem a força vocal e a riqueza harmônica que tornaram “Porgy and Bess” um marco no repertório lírico internacional.
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Solistas
O baixo Luiz-Ottavio Faria interpreta Porgy em todas as récitas. No papel de Bess, Latonia Moore canta nos dias 19, 21 e 27, enquanto Marly Montoni assume a personagem nos dias 20, 23, 24 e 26.
Nas récitas dos dias 19, 21, 24 e 27, Bongani Kubheka interpreta Crown, Jean William será Sportin’ Life e Bette Garcés assume o papel de Clara.
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Já nas apresentações dos dias 20, 23 e 26, os papéis são interpretados, respectivamente, por Davi Marcondes (Crown), Carlos Eduardo Santos (Sportin’ Life) e Nubia Eunice (Clara). Michel de Souza (Jake) integra o elenco em todas as datas.
Recentemente, o Theatro Municipal promoveu uma reflexão sobre guerra com as óperas de Puccini e Strauss.
Serviço - “Porgy and Bess”, de George Gershwin, com libreto de DuBose Heyward | Cantores do Coro Lírico Municipal, Coral Paulistano e convidados
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Onde? Theatro Municipal de São Paulo – Sala de Espetáculos - Praça Ramos de Azevedo, s/n - República, São Paulo - SP
Quando? 19/9, sexta-feira, às 20h
20/9, sábado, às 17h
21/9, domingo, às 17h
23/9, terça, às 20h
24/9, quarta, +às 20h
26/9, sexta, às 20h
27/9, sábado, às 17h
Duração: Aproximadamente 230 minutos, com intervalo
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 14 anos
Quanto? De R$ 33 a R$ 210
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