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Veto da prefeitura e ação do MP derrubam show de Kanye West em SP

Prefeito de São Paulo proibiu que atração, alvo de inquérito no Ministério Público, ocorresse em Interlagos

Maria Eduarda Guimarães

21/11/2025 às 18:30

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Rapper americano fez declarações antissemitas e elogiou Adolf Hitler

Rapper americano fez declarações antissemitas e elogiou Adolf Hitler | Hall Pena/PacificCoastNews/Honopix/Folhapress

O show do rapper americano Kanye West (Ye) em São Paulo, previsto para o sábado (29/11), foi oficialmente cancelado nesta quinta-feira (20/11).

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A decisão ocorre após o prefeito Ricardo Nunes (MDB) proibir o uso do Autódromo de Interlagos e diante de um inquérito do Ministério Público (MP-SP) que investigava risco de apologia ao nazismo durante a apresentação.

O cancelamento foi comunicado pela Holding Entretenimento & Networking, produtora do evento, que afirmou já ter quitado cachê, taxas e despesas de produção, mas disse que a revogação do contrato do autódromo inviabilizou o show.

Veto da prefeitura

Inicialmente marcado para o Autódromo de Interlagos, o show chegou a ser cogitado em outro local após o veto da prefeitura, mas a produtora informou que não foi possível encontrar alternativa.

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Ao justificar a decisão, Ricardo Nunes afirmou que a cidade não permite o uso de equipamentos públicos por artistas que façam apologia ao nazismo.

“Ninguém que faça apologia ao nazismo vai cantar nem falar uma palavra em equipamentos públicos. Não aceitaremos isso”, disse o prefeito.

Kanye West é alvo de críticas desde 2022, quando fez declarações antissemitas, elogiou Adolf Hitler e teve marcas como Adidas, Balenciaga e Gap rompendo contratos com ele.

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Produtora atribui cancelamento ao “clima político”

No comunicado, a produtora afirmou que “fez todos os esforços possíveis” para manter o show, mas que a revogação do uso do autódromo foi unilateral.

Disse ainda que o “clima político” de São Paulo tornou inviável seguir adiante.

A empresa garantiu reembolso integral aos compradores. As instruções serão enviadas por e-mail e WhatsApp em até 24 horas.

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MP abre inquérito 

O cancelamento ocorre dias após o MP-SP abrir um inquérito civil sobre o evento. A Promotoria de Direitos Humanos avaliou que havia “alta probabilidade” de Kanye West reproduzir manifestações antissemitas no palco, citando músicas e símbolos ligados ao nazismo.

A promotora Ana Beatriz Pereira de Souza Frontini afirmou que, embora a liberdade de expressão seja garantida pela Constituição, ela “não é absoluta”.

“O discurso discriminatório contra judeus excede os limites da liberdade de expressão”, escreveu.

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A promotoria orientou ainda que a Polícia Militar ficasse de prontidão para prender o artista e os produtores caso houvesse apologia ao nazismo. Além da esfera criminal, a apresentação poderia gerar ação civil pública por danos morais coletivos.

Foram notificados o empresário Guilherme Cavalcante e o agente Jean Fabrício Ramos, conhecido como Fabulouz Fabz, ligados ao Urban Movement Festival 2025, evento que traria o rapper ao Brasil.

Sem local aprovado e sob investigação, o show foi cancelado. A produtora afirma que tentará remarcar a apresentação “em ocasião futura”, mas não há nova data prevista.

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