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Xis lança disco e segue surpreendente 3 décadas depois

Músico apresentou 'Infinito Azul' em dois shows neste fim de semana em São Paulo, ao lado dos parceiros André Abujamra e KL Jay

Bruno Hoffmann

07/01/2024 às 12:14  atualizado em 07/01/2024 às 14:32

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Xis e KL Jay durante apresentação no Sesc Bom Retiro

Xis e KL Jay durante apresentação no Sesc Bom Retiro | Gabriel Luccas

O compositor Xis subiu ao palco do Sesc Bom Retiro neste fim de semana (6 e 7 de janeiro) para apresentar o seu mais recente disco, "Invisível Azul". A novidade surge 30 anos após o seu primeiro álbum com o DMN (“Cada Vez Mais Preto”) e 21 anos após seu último ("Fortificando a Desobediência"), e mostra que o artista segue como um dos principais nomes da cultura hip hop nacional.

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Acompanhado de KL Jay, amigo de longa data e DJ dos Racionais MC's, Borracha Beat Box, Mina Mary e outros nomes da cena, Xis misturou brasilidades e flertou com o rock – e até mesmo o forró – em algumas das novas faixas, possivelmente influenciado por André Abujamra, que o acompanhou no palco e no processo criativo do disco.

"Sempre que encontrava com o Abu, ele me perguntava como estava o disco e eu respondia que não tinha nada. Até que certa vez ele me intimou a ir à casa dele todas as quintas e tomar vergonha na cara. Se não fosse ele, esse disco demoraria outros 20 anos para sair", brincou.

Apesar de Isnaipa ter videoclipe e algumas composições novas já serem conhecidas pelo público, o artista se mostrou mais solto com os grandes clássicos, guardados para a reta final de um show de aproximadamente 1h30.

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A plateia cantou e jogou a mão para o alto, inclusive com a presença ilustre de Thaíde, precursor do movimento no Brasil, e de Erick Jay, considerado um dos maiores DJs do País.

Carreira

Xis tem três discos solos gravados ("Seja Como For", em 1999, "Fortificando a Desobediência", 2002, e "Invisível Azul", 2023), mas a inserção no mundo do rap data de 1988, como ele mesmo contou no palco.

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"Eu estava nos corredores do colégio cantando Plebe Rude, Replicantes, Legião Urbana e a professora de artes disse que haveria um festival e a gente teria que participar. Aí meus amigos falaram: ‘Entrar para fazer cover?’”. Eu respondi: ‘Não. Tem o rap’”.

De lá para cá participou do DMN, explodiu com o sucesso Us Mano e As Mina, participou do reality show Casa dos Artistas e foi juiz das icônicas batalhas de MCs no Sesc Pompeia. Também lançou uma marca exclusiva de roupas e acessórios, a 4P, em sociedade com KL Jay.

Neste fim de semana, o público paulistano pôde ver essa trajetória condensada em um show forte, bonito e que deve dar novo fôlego à carreira do artista.

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*Colaboração para a Gazeta

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