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Zeider grava em Noronha e revela laços emocionantes com Marley e Gil

Vocalista do Planta e Raiz explica como foi influenciado pelo rock e pela música popular

Bruno Hoffmann

18/07/2025 às 17:20  atualizado em 18/07/2025 às 17:26

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Zeider, do Planta e Raiz, foi entrevistado pelo podcast Direto da Gazeta

Zeider, do Planta e Raiz, foi entrevistado pelo podcast Direto da Gazeta | Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo

O grupo de reggae Planta e Raiz acaba de lançar o álbum em vinil de “Flor de Fogo”, o 16º trabalho da carreira. A novidade tem 10 faixas, duas delas inéditas, compostas pelo vocalista Zeider Pires.

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Nesta entrevista à Gazeta, Zeider explica a trajetória artística iniciada na década de 1990, a influência do rock e da música popular na sua formação musical, além de dizer como o público do reggae é, sobretudo, fiel ao gênero.

Zeider tocou as músicas inéditas do novo álbum na redação da Gazeta/Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo
Zeider tocou as músicas inéditas do novo álbum na redação da Gazeta/Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo
Artista explicou que prendeu, no caminho, a balancear entre músicas mais difíceis e reflexivas com sucessos/Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo
Artista explicou que prendeu, no caminho, a balancear entre músicas mais difíceis e reflexivas com sucessos/Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo
'Flor de Fogo' é resultado de um audiovisual gravado ao vivo em Fernando de Noronha/Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo
'Flor de Fogo' é resultado de um audiovisual gravado ao vivo em Fernando de Noronha/Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo
Zeider participou de entrevista na redação da Gazeta de S. Paulo/Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo
Zeider participou de entrevista na redação da Gazeta de S. Paulo/Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo

Primeiro grande sucesso

A banda nasceu em São Paulo, a partir de uma formação entre amigos. O artista contou que inicialmente era mais próximo ao rock, mas foi se envolvendo com o reggae até se apaixonar pela cultura.

Um dos primeiros grandes sucessos foi “Com Certeza” (“Com certeza, você já se banhou na queda de uma cachoeira...”), que levou a banda a ser conhecida nacionalmente.

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“Foi muito louco quando eu cantei a música pela primeira vez, porque veio todo mundo [da banda] na melodia, e todo mundo percebeu na hora que a música era boa. A gente se abraçou, e teve quem se emocionou. Depois íamos tocando a música para os amigos, e todos ficam arrepiados”, destacou.

Segundo ele, a sua aproximação à arte de compor se deu porque, inicialmente, ele ficava apenas no vocal em uma banda com músicos muito bons, então sentia que precisava contribuir também de outras formas.

“Eu via os integrantes, com seus instrumentos, e eu só com o microfoninho. Isso também me inspirou a compor, me fez pensar em somar para pelo menos empatar com os caras. Naquele momento soube que sabia compor”.

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“Com Certeza”, que entrou no álbum de estreia, em 2002, se tornou um grande hit, que furou bolhas do reggae nacional. Esse disco também contou com a regravação de “Vamos Fugir”, de Gilberto Gil, que considera até hoje o seu artista brasileiro predileto.

Zeider disse admirar profundamente a poesia, harmonia e melodia de Gilberto Gil, considerado o melhor do País.

Para ele, mesmo aos 83 anos, Gilberto Gil continua fazendo “revolução” ao cantar com novas gerações, o que mostra como o artista baiano sempre se reinventou.

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O paulistano já tocou com Gil, e nunca mais se esqueceu de um momento. “Teve um dia que ele me abraçou e beijou minha mão, mano. Quase morri”, destacou, ainda com os olhos brilhando. “Eu só respondi: ‘mestre, pelo amor de Deus, eu estou no céu”.

Inspiração maior

Apesar do amor de Zeider por Gilberto Gil, ele destacou que a sua grande referência artística é Bob Marley, o mítico músico jamaicano considerado o pai do reggae.

“Eu tinha uns 13 anos quando ouvi Redemption Song do carro de uma rapaziada mais velha. Eu falei na hora: ‘Meu, é a música mais linda que já ouvi na vida’. Então comecei a ir atrás”, recordou.

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Novo álbum

 “Flor de Fogo”, contou, é resultado de um audiovisual gravado ao vivo no arquipélago de Fernando de Noronha no fim de 2023. O álbum conta com duas canções exclusivas – Zeider cantou trecho de ambas na entrevista à Gazeta.

A banda decidiu lançar o trabalho inicialmente somente em vinil. “Foi uma forma de fomentar a cultura do vinil, mostrar isso para os jovens, de que existe esse jeito muito legal de ouvir. No vinil até minha voz fica diferente”, destacou.

As duas músicas inéditas que não entraram no audiovisual de Noronha e estão no álbum Flor de Fogo são “Não Chore” e “Contemplador das Estrelas”. Ambas são composições de Zeider.

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O álbum também acompanha um encarte detalhado com todas as letras, compositores, ficha técnica, data e local de gravação, e informações sobre produção e mixagem.

Religiosidade

Na entrevista, o artista explicou o papel da maconha dentro da cultura do reggae, mais voltado para a espiritualidade. Ele é um defensor da descriminalização da cannabis, mesmo para fins recreativos.

Depois de passar por algumas religiões, o artista revelou também que está em um momento de redescoberta espiritual.

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“Eu nasci e fui batizado como católico. Depois, fiquei um tempo da minha vida na igreja evangélica. Hoje em dia estou entendendo Deus, procurando cada vez mais ter o meu próprio ponto de vista”, disse.

Ele também alertou que a maconha pode ser importante para ele, mas que não deve, de forma alguma, ser consumida por menores de idade – assim como as bebidas alcoólicas e os cigarros eletrônicos.

“Os moleques agora estão explodindo os pulmões [com os cigarros eletrônicos]. Isso é um veneno”, alertou.

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Para ele, por outro lado, a cannabis é vista como um caminho para centralizar, meditar e como uma “semente criativa”, potencializando a inspiração para o trabalho artístico ou qualquer outra área.

Impacto do reggae

Zeider destacou que a banda nunca parou de produzir ao longo de seus 27 anos de carreira, mesmo em momentos de crise das gravadoras ou de menor exposição. Sempre sentiu que o público do reggae é muito fiel, e recordou vezes em que fãs disseram que suas músicas melhoraram suas vidas. 

Ele aprendeu, no caminho, a balancear entre músicas mais difíceis e reflexivas com sucessos, até para garantir a longevidade da banda. 

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“Apesar de ser o trabalho mais legal do mundo, ainda é um trabalho, é o meu trabalho. Então faço as músicas que fluem do meu coração e faço também as que podem ter um efeito comercial legal, que possa atingir o maior número de pessoas”, contou.

O grupo terá uma série de shows pela frente, em cidades paulistas como São Paulo, Osasco, Bragança Paulista, São Bernardo do Campo, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Suzano e Bauru. Pelo Brasil, o grupo vai passar nos próximos meses entre Rio de Janeiro, Penha (SC), Londrina (PR) e Itaúnas (ES), entre outros destinos.

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