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Caso Oscar: entenda o que é arritmia e como isso afeta a prática esportiva

Nos últimos anos, diversos jogadores de alto nível passaram por problemas cardíacos e precisaram de atendimento urgente

Leonardo Sandre

12/11/2025 às 19:45

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Oscar não entra em campo pelo Tricolor Paulista desde junho

Oscar não entra em campo pelo Tricolor Paulista desde junho | Divulgação/São Paulo FC

Principal contratação do São Paulo para 2025 e dono de uma carreira de sucesso no futebol chinês, com passagens marcantes pela Seleção Brasileira e pelo Chelsea, da Inglaterra, Oscar apresentou uma alteração cardíaca que preocupou a todos que acompanham o mundo do futebol.

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Segundo boletim divulgado pelo próprio Tricolor Paulista, o jogador passou mal após alguns exames e foi prontamente levado para o hospital. A informação é de que o atleta sofreu uma arritmia cardíaca.

O fato, além de gerar preocupações com a saúde de Oscar, também colocou em dúvida seu futuro no futebol. Mas, o que é a arritmia cardíaca e como isso afeta na prática de esportes? Saiba abaixo.

Alterações cardíacas em jogadores

A interrupção repentina dos batimentos cardíacos afeta cerca de 2 milhões de pessoas no mundo todos os anos e têm gerado cada vez mais a atenção de pessoas no mundo do esporte, devido à carga pesada de treinos e de esforço físico durante os jogos.

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Em um caso recente, Juan Izquierdo, do Nacional, do Uruguai, morreu em agosto de 2024, após sofrer uma arritmia cardíaca em um jogo de Copa Libertadores, no Estádio do MorumBis. 

Oscar não entra em campo pelo Tricolor Paulista desde junho, quando fraturou três vértebras lombares durante clássico contra o Corinthians. Após indícios anteriores de um possível problema, a alteração cardíaca foi confirmada em novembro.

Outro caso famoso foi o de Christian Eriksen, que teve uma parada cardíaca em campo durante a Eurocopa de 2021, necessitando e reanimação cardiopulmonar e implantação de um cardioversor desfibrilador implantável (CDI) para prevenir futuros problemas mais sérios.

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O problema cardíaco, uma arritmia, foi tratado com o implante do aparelho, que foi confirmado por especialistas nacionais e internacionais. Atualmente, Eriksen segue sua carreira normalmente.

Noussair Mazraoui, do Manchester United, foi outro a passar por uma cirurgia para corrigir uma arritmia cardíaca (palpitações) e ficou afastado por um período, mas também foi a jogar.

Por fim, um caso que acabou em aposentadoria foi o do ídolo argentino Sergio Aguero, que teve uma arritmia cardíaca que o forçou a se aposentar do futebol profissional em dezembro de 2021.

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Cuidados e riscos da arritmia cardíaca

Segundo Alexsandro Fagundes, cardiologista especialista em estimulação cardíaca e presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, para a Veja.

"Um jogador de futebol que tem desmaios ao praticar o esforço é preocupante. Casos como esses precisam ser investigados, porque um desmaio dessa natureza sugere a presença de uma arritmia ou alguma doença cardíaca estrutural, enquanto o desmaio no repouso ou após o esforço pode ser alguma coisa mais benigna, como uma queda de pressão".

Conforme explicação do especialista, se manter afastado de atividades mais pesadas até a conclusão de uma série de exames é o principal a se fazer.

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"Nesse caso, há que se seguir adiante na investigação, procurar uma eventual arritmia como causa desse desmaio, porque 30% dos desmaios em geral seriam por arritmias potencialmente graves, e, nessa situação, ele tem de ficar afastado da atividade física, do esporte, até que a natureza do problema seja identificada e um tratamento específico seja instituído", disse.

Como citado em exemplos acima, em alguns casos, o problema obriga o atleta a encerrar a carreira.

Fifa foca em cuidados com problemas cardíacos

Principal entidade do futebol no mundo, a Fifa passou a elaborar uma nova diretriz para jovens atletas quanto ao cuidado com o coração.

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Segundo um documento, triagens cardíacas devem ser realizadas a partir dos 12 anos por meio do exame de eletrocardiograma a ser repetido a cada dois a quatro anos até o atleta completar 18 anos.

“Sabemos que o esporte pode ser um gatilho para doenças genéticas que ainda não se manifestaram e são desencadeadas por estresse físico e emocional, principalmente em competições”, disse a cardiologista Clea Colombo, uma das autoras do documento e professora da Faculdade Leopoldo Mandic, ainda para a Veja.

Sendo assim, o consenso prevê ainda a necessidade da presença de um desfibrilador automático a três minutos do campo e aconselha a realização de ressuscitação cardiopulmonar caso os jogadores caiam em campo com sintomas cardíacos.

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