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Saiba como funciona as classificatórias que definem o grid de largada das corridas | Divulgação/Fotos Públicas
A história da Fórmula 1 é marcada por constantes transformações, seja nos carros, nos pilotos ou nas pistas. Mas uma das mudanças mais emblemáticas ocorreu no formato de classificação que define o grid de largada — etapa fundamental para o espetáculo das corridas.
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Ao longo das décadas, a categoria experimentou diversos modelos, com sessões duplas, voltas únicas e até sistemas de tempo agregado. Desde 2010, porém, o formato de três segmentos eliminatórios — Q1, Q2 e Q3 — se consolidou como o padrão oficial. Entenda como ele funciona e como evoluiu ao longo do tempo.
Atualmente, o treino classificatório ocorre aos sábados e é dividido em três fases. No Q1, todos os 20 pilotos têm 18 minutos para registrar suas voltas rápidas. Os cinco mais lentos são eliminados e ocupam as posições de 16º a 20º no grid de largada.
No Q2, os 15 pilotos restantes competem por 15 minutos. Novamente, os cinco piores tempos ficam de fora e formam o grupo do 11º ao 15º lugar. Já os dez mais velozes avançam ao Q3, a parte decisiva da sessão.
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Com 12 minutos disponíveis, os pilotos buscam a volta perfeita no Q3. O mais rápido conquista a pole position, enquanto os demais preenchem as posições de 2º a 10º. Cabe às equipes definir o momento certo de ir à pista, levando em conta condições de pista, temperatura e tráfego.
Desde 2021, a Fórmula 1 passou a adotar o formato sprint em alguns fins de semana selecionados. A mini corrida, com cerca de 100 km, ganhou um treino classificatório próprio, com duração total de 44 minutos, divididos em três etapas: SQ1, SQ2 e SQ3.
Além do tempo reduzido, há regras específicas de pneus: compostos médios novos nas duas primeiras fases e macios no SQ3. O formato dá mais dinamismo ao sábado e garante pontos extras no campeonato, embora desde 2023 não defina mais o grid da corrida principal.
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Assim, o treino classificatório tradicional segue sendo o único determinante para a largada do domingo, preservando a essência do formato consagrado desde 2010.
Entre 1950 e 1996, o grid era definido pela soma de duas sessões — uma na sexta-feira e outra no sábado. O melhor tempo obtido em qualquer uma delas determinava a posição de largada. De 1996 a 2002, a Fórmula 1 adotou um treino único de 60 minutos, com até 12 voltas rápidas por piloto.
Em 2003, veio o formato de volta única: cada piloto fazia uma volta lançada por dia, em ordem inversa ao desempenho anterior. Em 2005, surgiu o modelo de classificação agregada — um tempo no sábado e outro no domingo —, mas a ideia durou apenas seis corridas, diante de críticas generalizadas.
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O sistema de três segmentos estreou em 2006, com uma peculiaridade: quem chegava ao Q3 precisava largar com o combustível restante. Isso levava pilotos a queimarem combustível deliberadamente antes da volta rápida. A prática foi extinta em 2008, e o formato atual se consolidou em 2010, com o fim do reabastecimento.
Embora o formato atual de classificação seja considerado equilibrado e empolgante, a Fórmula 1 continua aberta a novas ideias. A introdução das corridas sprint e as discussões sobre mudanças no regulamento mostram que a categoria busca constantemente melhorar o espetáculo.
No fim, a missão é a mesma desde 1950: oferecer um show competitivo, justo e emocionante — da primeira volta de classificação até a bandeirada final no domingo.
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