Adeus e muito obrigado: Fãs de automobilismo em luto após o adeus de Schumacher ao seu grande amigo

O automobilismo perdeu em março de 2025 um de seus personagens mais marcantes da Fórmula 1: Eddie Jordan.

O irlandês, que morreu aos 76 anos vítima de câncer, é marcado por um olhar clínico para o talento, especialmente ao apostar em um jovem Michael Schumacher em 1991.

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Porém, como temos muitas polêmicas durante as nossas vivências, na vida de Eddie não foi diferente. Marcado por um final melancólico na relação com o heptacampeão, ele nunca mais foi visto pelo ex-chefe de equipe após o trágico acidente de esqui em 2013.

Com estilo irreverente e visão empresarial, Jordan sempre teve comprometimento e dedicação com o seu trabalho na Fórmula 1. Levou sua equipe ao pódio em diversas corridas e conquistou vitórias históricas.

Quem foi Eddie Jordan?

Nascido em Dublin, na Irlanda, em 1948, Edmund Patrick "Eddie" Jordan foi uma figura multifacetada e icônica no automobilismo. Antes de se tornar um dos principais chefes de equipe da Fórmula 1, ele foi piloto, correndo em categorias como Fórmula Ford e Fórmula 3. 

Sua paixão pela velocidade o levou a fundar a Eddie Jordan Racing no final dos anos 1970, que competiu com sucesso em categorias de base.

Em 1991, Jordan fez a transição para a elite do automobilismo, fundando a equipe Jordan Grand Prix. A escuderia ficou famosa por sua ousadia e por revelar talentos, como o próprio Michael Schumacher, Rubens Barrichello, Damon Hill e Ralf Schumacher. 

Embora a equipe não tenha conquistado títulos mundiais, marcou a história com quatro vitórias e um terceiro lugar no Mundial de Construtores em 1999. 

Fora das pistas, Jordan era conhecido por seu espírito empreendedor e por sua carreira como comentarista de televisão, onde suas análises incisivas e opiniões polêmicas o tornaram uma figura querida pelos fãs.

A estreia que mudou a história

Em 1991, uma reviravolta no grid abriu a porta para o futuro campeão. Com a prisão do então piloto Bertrand Gachot, a equipe Jordan precisava de um substituto para o GP da Bélgica. 

Eddie Jordan, conhecido por sua ousadia, apostou suas fichas em um jovem e promissor alemão: Michael Schumacher.

O resultado foi impressionante. Schumacher, um novato na principal categoria do automobilismo, surpreendeu ao se classificar em sétimo lugar, mostrando um talento inquestionável. 

Embora a parceria tenha durado apenas uma corrida — Schumacher foi logo contratado pela Benetton, com quem conquistaria seus primeiros títulos —, o feito demonstrou o faro de Jordan para novos talentos.

O drama e o silêncio após o acidente

A relação de proximidade inicial, no entanto, foi desfeita de forma abrupta após o acidente de esqui que deixou Michael Schumacher com graves sequelas cerebrais em dezembro de 2013. 

Em entrevistas nos anos seguintes, Eddie Jordan expressou sua profunda tristeza por ter sido impedido pela família do ex-piloto de visitá-lo.

“Eu tentei, mas a família recusou”, revelou Jordan em diversas ocasiões, admitindo que sentiu a amizade se esvair. Ele lamentava a impossibilidade de reencontrar o amigo que ele mesmo havia alçado ao estrelato. 

O distanciamento reflete o grande desafio enfrentado pela família Schumacher, que optou por total discrição em relação à saúde do piloto.

O amigo no momento da tragédia

A tragédia que atingiu Schumacher também tem um detalhe pouco conhecido, mas marcante. No momento em que sofreu o acidente de esqui nos Alpes franceses, o alemão estava acompanhando um amigo que havia caído. 

A tragédia ocorreu quando Schumacher, ao se desviar para socorrer o amigo, saiu da pista principal e bateu a cabeça em uma rocha. A identidade dessa pessoa nunca foi revelada publicamente pela família.

Com a morte de Eddie Jordan, as histórias e os bastidores da relação com Schumacher ganham um tom ainda mais nostálgico. 

O fim da vida dos dois, que iniciaram uma história de sucesso na Fórmula 1, mostra como o destino pode ser imprevisível, separando amigos que um dia compartilharam o topo do pódio.