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A casa da "Briosa" fica próximo ao centro de Santos, com fácil acesso pelo Túnel Rubens Ferreira Martins e tendo a Santa Casa como referência. | Raphael Miras/Gazeta SP
O Estádio Ulrico Mursa, casa da Associação Atlética Portuguesa Santista, possui muita tradição na Baixada Santista. Ele se consolida como um verdadeiro patrimônio, não apenas do clube, mas também da cidade.
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Localizado no bairro da Jabaquara, em Santos, a “Briosa” e seu icônico estádio tem sido testemunhas e protagonistas de diversos momentos inesquecíveis e marcantes para o futebol paulista.
A Gazeta vai revelar a história deste estádio que foi levantado pela dedicação da comunidade portuguesa, transformando um terreno pedregoso em um palco de grandes emoções esportivas.
A história começou com o engenheiro Ulrico Mursa, fundador da Companhia Docas de Santos, que doou o terreno na Avenida Pinheiro Machado para a construção de um espaço de lazer, especialmente voltado às famílias de origem portuguesa.
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Na época, o local era tomado por mato e pedras, mas isso não impediu os operários portugueses, conhecidos como “canteiros”, de arregaçarem as mangas. Após dias exaustivos de trabalho, eles se reuniam para limpar e preparar o campo.
O esforço valeu: em 17 de fevereiro de 1918, o gramado estava pronto para uso. A inauguração oficial veio dois anos depois, em 15 de dezembro de 1920 (embora outra versão aponte o dia 5), com vitória da Portuguesa sobre o Sírio Futebol Clube por 6 a 0.
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A “Briosa” foi pioneira ao construir, em 1932, a primeira arquibancada de concreto da América Latina.
E em 1938, tornou-se o segundo clube santista a ter iluminação própria, graças à “Campanha do Vagalume”, que mobilizou torcedores e dirigentes para doar lâmpadas de 1500 watts.
Com a crise financeira dos anos 1940, as torres foram vendidas. Mas em 1958, a “Campanha do Coração” trouxe de volta a iluminação, agora com torres de concreto.
O Ulrico Mursa voltou a brilhar em 12 de abril de 2000. Lotado, o estádio recebeu o São Paulo pelo Campeonato Paulista.
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Sob o comando de Muricy Ramalho, a Portuguesa Santista venceu por 3 a 1, com gols de Eliel, Valdir e Marco Antônio — um renascimento simbólico para o clube.
O estádio passou por diversas reformas, como a ampliação das arquibancadas nos anos 1990.
Atualmente, o estádio comporta cerca de 6 mil torcedores. O recorde de público, no entanto, foi em 1952: 12.500 pessoas viram o duelo contra o Corinthians.
A casa da “Briosa” fica próximo ao centro de Santos, com fácil acesso pelo Túnel Rubens Ferreira Martins e tendo a Santa Casa como referência.
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Em 2016, chegou a ser cogitada uma modernização que integraria o estádio a um shopping center, mas a proposta não avançou. Com isso, o Ulrico Mursa preserva suas raízes e segue como um dos símbolos da cultura portuguesa no futebol paulista.
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