Ex-presidente do Corinthians deve quase R$ 1 milhão ao clube; veja os gastos

O ex-presidente do Corinthians Andrés Sanchez deve R$ 840 mil ao clube por gastos pessoais com o dinheiro do time alvinegro, da época de seu segundo mandato, de 2018 a 2020.

A quantia foi levantada após o Ministério Público denunciar Andrés Sanchez e o gerente financeiro do clube Roberto Gavioli por apropriação indébita, lavagem de dinheiro e crime tributário. A Justiça tornou Andrés réu por crime tributário em 2018.

O promotor Cássio Roberto Conserino revelou em coletiva de imprensa que o ex-presidente gastou, com juros e inflação inclusos, R$ 480 mil do Corinthians para uso pessoal.

Destes R$ 480 mil, R$ 5 mil foram gastos em relógios, R$ 33 mil em excursões, incluindo viagens para Fernando de Noronha e Pipa.

O ex-presidente também usou o dinheiro do clube em restaurantes e postos de gasolina, segundo informações do promotor.

Sanchez e Gavioli ainda devem 75% do valor devido (R$ 360 mil) por danos morais a pedido do Ministério Público. Com isso, a dívida aumenta para R$ 840 mil.

"O valor, atualizado com juros, deu R$ 480 mil. O servidor ainda pede 75% desse valor a título de reparação por danos morais ao Corinthians e 75% ao gerente Roberto Gavioli a título de dano moral", disse o promotor.

O Corinthians organizou uma vaquinha para pagar a Neo Química Arena e, com os R$ 840 mil de Andrés, o fundo de arrecadação poderia quitar algumas parcelas da dívida.

O que disse Andrés Sanchez

A defesa do ex-presidente do Corinthians alegou que “a inocência de Andrés será comprovada”, segundo informações do portal Meu Timão.

 “A defesa de Andrés Navarro Sanchez, representada pelo advogado Fernando José da Costa, informa que foi surpreendida com o oferecimento de uma denúncia distribuída em apartado, sem juntada ao procedimento investigatório ao qual possui acesso. O teor da acusação só se tornou conhecido após coletiva de imprensa convocada pelo promotor responsável, que anunciou a denúncia por supostos delitos de apropriação indébita, crimes tributários e lavagem de capitais. A defesa destaca, desde já, a inépcia da peça acusatória e o evidente excesso na imputação, reiterando que a inocência de Andrés será comprovada ao longo do processo, agora presidido pelo imparcial Poder Judiciário", disse a defesa de Andrés Sanchez por meio de nota oficial.