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Finalista da Champions League, técnico do PSG teve que superar morte da filha

Luis Enrique, campeão da competição com o Barcelona de Messi e Neymar, perdeu a filha de apenas 9 anos, em 2019

Leonardo Sandre

08/05/2025 às 19:45  atualizado em 08/05/2025 às 19:52

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Luis Enrique, técnico do PSG, retorna a uma final de Uefa Champions League quase seis anos após morte da filha

Luis Enrique, técnico do PSG, retorna a uma final de Uefa Champions League quase seis anos após morte da filha | Divulgação/Paris Saint-Germain

Um dos principais técnicos da atualidade e campeão da Uefa Champions League pelo Barcelona de Messi, Suárez e Neymar (o trio MSN) na temporada 2014-15, Luis Enrique tem uma emocionante história de superação em sua trajetória.

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No ano de 2019, o treinador estava no comando da seleção de seu país (Espanha), quando pediu para deixar o cargo alegando problemas pessoais, em junho. Dois meses após, em agosto, o profissional anunciou a morte de sua filha Xana, aos 9 anos.

Após a dolorosa perda que comoveu o mundo do futebol, o técnico deu a volta por cima e retornou os trabalhos brilhantes de sua carreira, chegando a mais uma final da principal competição do futebol europeu.

Morte da filha

O treinador, vencedor da Champions League pelo Barcelona em 2015, ficou no clube até o meio de 2017. Esteve um ano sem clube e assumiu a seleção de seu país. Porém, com apenas um ano no cargo, no dia 19 de junho de 2019, ele pediu para sair do cargo, pois passava por problemas pessoais. 

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À época, Luis Rubiales, presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, anunciou a saída do treinador por motivos pessoais relacionados a sua família, sem especificar do que se tratava.

No dia 29 de agosto, Luis Enrique anunciou a morte de sua filha, Xana, em decorrência de um câncer. A garota tinha apenas nove anos.

"Nossa filha Xana faleceu esta tarde à idade de 9 anos depois de lutar durante cinco intensos meses contra um osteosarcoma. Damos graças por todas as mostras de carinho recebidas durante estes meses e agradecemos pela discrição e compreensão", escreveu o treinador.

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A morte da pequena comoveu o mundo do esporte, com grandes personalidades e clubes manifestando sua solidariedade.

Barcelona, Real Madrid, Roma, Borussia Dortmund, Fenerbahçe, Espanyol e Osasuna, e personalidades do esporte como os jogadores Luis Suárez, que foi dirigido por Luis Enrique no Barcelona, o tenista Rafael Nadal e o treinador espanhol Michel Gonzalez usaram as redes sociais para oferecer condolências a Luis Enrique e a família.

"Posso considerar-me sortudo ou infeliz? Eu considero-me sortudo. Vão dizer-me: 'Mas a tua filha morreu aos 9 anos'. A minha filha veio viver conosco durante 9 anos lindos. “Temos mil memórias dela", disse ele em entrevista ao Movistar Plus+.

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Retorno à seleção e fracasso na Copa

Pouco mais de três meses após a morte de Xana, o treinador retornou para a seleção espanhola e a dirigiu na Copa de 2022, em que não obteve um bom resultado.

Com uma preparação para a Copa muito positiva, a Espanha chegou com um time jovem, que tinha grandes qualidades, mas pouca experiência, e na hora decisiva, isso pesou.

A seleção fez acabou eliminada ainda nas oitavas de final. Após uma fase de grupos ruim, o time passou apenas na segunda colocação para o mata-mata, caindo para a seleção de Marrocos, nos pênaltis, após empate sem gols.

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Dois dias depois, foi anunciado o desligamento do profissional da seleção espanhola.

Ida ao PSG e volta ao topo

Após cerca de um semestre desempregado e com muitas críticas ao seu último trabalho, o treinador aceitou seu novo desafio: dirigir o Paris Saint-Germain, que precisava de uma reformulação no elenco. 

Lionel Messi, eleito oito vezes o melhor jogador do mundo, havia acabado de deixar a equipe parisiense, um mês antes de sua chegada, rumo ao Inter Miami, dos EUA. E cerca de um mês após assumir o comando do PSG, teve a venda de Neymar, que deixou o clube rumo ao Al-Hilal, da Arábia Saudita.

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Com apenas Mbappé ficando no elenco do trio estrelado, o time de Luis Enrique comandou o futebol francês na temporada 2023-24, vencendo a Liga, a Copa e a Supercopa na França.

O objetivo principal, porém, bateu na trave. A equipe foi eliminada nas semifinais da Champions League daquela temporada, após perder para o Borussia Dortmund os dois jogos por 1 a 0.

Para a temporada 2024-25, Mbappé também deixou o time para jogar no Real Madrid, encerrando oficialmente a passagem dos três jogadores emblemáticos que foram contratados rumo ao sonho do título europeu.

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Mesmo com um elenco de caras novas, Luis Enrique fez Dembelé assumir a responsabilidade no ataque, Donnarumma crescer no gol, e a equipe se encaixar perfeitamente, sendo o time mais equilibrado do PSG em anos.

A única final do clube até então havia sido sob o comando de Neymar e Mbappé, que acabou em um vice-campeonato para o Bayern de Munique, na temporada 2019-2020.

Assim, cerca de dois anos e meio após a queda precoce na Copa do Mundo e de críticas ao seu trabalho, Luis Enrique volta a uma final de Champions League com um time que só tinha uma final na história. A equipe atingiu o feito após eliminar o Arsenal, vencendo os dois jogos (1 a 0 na Inglaterra e 2 a 1 na França).

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Além disso, eliminou uma das equipes cotadas como uma das grandes favoritas: Liverpool, que vinha dominando a competição, sendo líder geral da primeira fase. Ainda voltou a conquistar o campeonato nacional.

Desta vez, a final será contra a Inter de Milão, que eliminou o seu ex-clube, Barcelona. A decisão será também transmitida em cinemas.

As críticas sobre seu trabalho quase inexistem, com muitos especialistas cotando o treinador como um dos melhores do mundo novamente, após o ótimo trabalho.

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E, o que um dia foi motivo para uma grande dor, agora tem a chance de se tornar uma histórica homenagem: o primeiro título de Champions do PSG ser dedicado para a sua falecida filha. Luis Enrique, obviamente, não se esqueceu dela, e falou sobre a expectativa.

“Minha filha não estará na final fisicamente, mas estará espiritualmente. E isso, para mim, é muito importante", afirmou, após a classificação para a grande final.

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