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Gramado sintético tem mais chances de lesão? Saiba opinião de especialista

Muitos jogadores alegam que atuar em gramados artificiais aumentam o risco de lesões mais graves

Leonardo Sandre

16/05/2025 às 17:40  atualizado em 16/05/2025 às 17:48

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Recentemente, um grupo de atletas do futebol brasileiro se juntou em um movimento contrário aos jogos em gramados artificiais

Recentemente, um grupo de atletas do futebol brasileiro se juntou em um movimento contrário aos jogos em gramados artificiais | Omar Ramadan

A diferença do gramado sintético para o gramado natural tem gerado um grande debate em todo o mundo. Recentemente, no Brasil, um grupo de atletas (incluindo Lucas Moura, do São Paulo e Memphis Depay, do Corinthians), se juntaram em um movimento contrário aos jogos em gramados artificiais.

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Muitos dos jogadores alegam que as chances de lesões aumentam, além de que o problema possa se agravar ainda mais ao jogar no society. Lucas chegou a afirmar que preferia atuar em um gramado natural com buracos do que em um artificial em boas condições.

Em contrapartida, times como o Palmeiras, Botafogo, Athletico-PR e Atlético-MG adotaram o gramado sintético em seus respectivos estádios, alegando maior praticidade para a manutenção (especialmente após shows e eventos) além de facilidade para garantir uma qualidade maior.

Atuar em gramado sintético realmente é mais perigoso?

Adriano Leonardi, ortopedista especializado em joelho e medicina esportiva, possui experiência em tratamento de atletas profissionais e amadores e falou para a Gazeta sobre a polêmica.

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O médico deu razão ao movimento contrário ao gramado artificial, e listou motivos que transformam este tipo de cenário em algo mais arriscado aos profissionais.

"Sim, jogar no gramado sintético pode aumentar o risco de lesões", iniciou.

Segundo o especialista, os principais motivos são:

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  • Maior atrito entre o calçado e o solo, o que dificulta rotações do pé e predispõe a entorses e rupturas ligamentares.
  • Menor absorção de impacto, o que sobrecarrega articulações como joelho, tornozelo e quadril.
  • Desgaste precoce da cartilagem em quem já possui predisposição ou histórico de lesão articular.

"Estudos mostram maior incidência de lesões no LCA e entorses de tornozelo em atletas que treinam ou jogam com frequência em campos Society, principalmente se a manutenção do piso for inadequada", completou Adriano Leonardi.

Fifa não proíbe, mas não incentiva jogos neste gramado

A Fifa, entidade máxima do futebol, libera que jogos profissionais ocorram no gramado sintético. No auge da polêmica. O Palmeiras chegou a soltar uma nota, afirmando que seguia as normas da entidade e que estava dentro de tudo que é permitido.

Contudo, recentemente a polêmica voltou à tona quando a Fifa divulgou os estádios brasileiros que serão sedes da Copa do Mundo Feminina de Futebol, em 2027. Nenhum estádio com gramado artificial foi escolhido pela entidade.

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A Ligga Arena, do Athletico-PR tinha grande expectativa de ser um dos escolhidos, mas, por seu tipo de gramado ser artificial, acabou de fora da lista. Em 2014, quando ainda possuía grama natural, recebeu jogos da Copa de futebol masculino.

Havia uma pequena expectativa também de que o Allianz Parque (Palmeiras) pudesse receber alguns dos jogos.

O estádio tem sido, ao lado do MorumBis (São Paulo), a principal sede de shows de grande porte, como da banda System of a Down, em maio de 2025, e também foi o escolhido para sediar as finais da Kings League, também no mês de maio.

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Como são as regras na Europa

Nas primeiras divisões das principais ligas da Europa (Inglaterra, Espanha, França, Itália e Alemanha), não há estádios de gramado artificial. Todos se utilizam de grama natural ou híbrida (quando um material artificial complementa a grama natural).

A proibição, porém, ocorre na Inglaterra, na França e na Alemanha. A partir de 2025/26, a Holanda também vai passar a vetar os gramados sintéticos.

Na Uefa Champions League, também não há proibição de jogos em sintéticos (desde que não seja na grande final). Contudo, não é tão comum de ver jogos sendo realizados neste tipo de gramado. Já na decisão, a Uefa (federação que manda no futebol europeu) ordena que o estádio sede seja de grama natural.

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Algo curioso ocorreu na decisão de 2007/08, entre Manchester United e Chelsea. As equipes se enfrentaram no estádio Luzhniki, na Rússia, que possui grama sintética. Para a realização da partida, ajustes foram feitos para que o gramado tivesse maior porcentagem do piso natural do que artificial.

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