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Herói da Inter e algoz do Barcelona, Acerbi venceu o câncer e o alcoolismo

Além disso, zagueiro foi acusado de racismo pelo brasileiro Juan Jesus, em 2024

Leonardo Sandre

07/05/2025 às 17:45

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Atualmente com 37 anos, o atleta passou por diversas equipes do futebol italiano

Atualmente com 37 anos, o atleta passou por diversas equipes do futebol italiano | Depositphotos

Um dos heróis da classificação da Inter de Milão, o zagueiro Francesco Acerbi, protagonizou diversos ocorridos fora de campo, superando dois cânceres, o alcoolismo e a depressão. Além disso, foi acusado de racismo pelo brasileiro Juan Jesus, também zagueiro.

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Atualmente com 37 anos, o atleta teve uma carreira de sucesso na liga italiana e fez o gol de empate, do 3 a 3, aos 48 minutos do segundo tempo, que levou o jogo à prorrogação, acabando depois com a classificação do time de Milão.

Foi o primeiro gol da carreira de Acerbi em competições internacionais. Conheça abaixo as polêmicas e superações em sua trajetória.

Câncer diagnosticado e vencido

Em julho de 2013, em sua ascensão no futebol, o jogador teve diagnosticado um tumor nos testículos. Ele passou por uma cirurgia de emergência e, após a recuperação, chegou a retornar aos gramados, mas o câncer voltou a atingi-lo no fim daquele ano.

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Ainda nesta temporada, ele falhou no exame antidoping, que identificou Gonadotrofina Coriônica, um hormônio glicoproteico, em seu corpo. Mais tarde, ele acabou absolvido, ao ser comprovado que a substância é produzida a partir de certos tumores. "A Justiça foi feita e agora ele pode se concentrar exclusivamente em seu tratamento", disse o advogado de Acerbi ao jornal Gazzetta Dello Sport no início de 2014.

"Vocês me dão força neste momento difícil com coragem e esperança. Obrigado de coração", postou o jogador nas redes sociais naquela ocasião.

Alcoolismo

Outro problema enfrentado pelo zagueiro foi o com bebidas. Ele admitiu que gostava de baladas e acabava indo aos treinamentos nos dias seguintes, ainda sob os efeitos do álcool.

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"O câncer foi minha sorte. Agradeço a Deus. Um dia comecei a gritar ‘saia do meu corpo!’. Mas seguia tendo a minha vida normal. Noites, bebidas, saía até às sete horas da manhã", contou em entrevista ao L’Ultimo Uomo.

Ele classificou que isso era até mesmo um desrespeito com os clubes por onde passou.

"Eu não me respeitava, não respeitava o meu trabalho, nem a quem me pagava. Muitas vezes chegava aos treinamentos embriagado, sem ter me recuperado dos efeitos do álcool. Fisicamente me encontrava bem porque sempre fui forte. Dormir só um pouco já era o suficiente para render", afirmou.

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Em fortes palavras, ele chegou a afirmar que a doença foi enviado pelos céus e responsável por salvar sua carreira.

“Sem a doença, eu teria acabado jogando a segunda divisão, ou talvez teria me aposentado. Por sorte, alguém lá em cima me amava e me enviou a doença. Sem ela, eu teria terminado muito mal. Nada teria me salvado. Estou satisfeito pela pessoa que me tornei, apesar de todas as minhas deficiências”, prosseguiu.

Um ano depois da doença, ele afirmou que acordou com ataque de pânico, tendo medo até da própria sombra. A partir daí, ele afirmou que passou a analisar todas as oportunidades já desperdiçadas.

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Acusação de racismo

Em 2024, o Acerbi teve mais um episódio impactante. Desta vez, muito negativo: foi acusado de racismo por um brasileiro, o zagueiro Juan Jesus, do Napoli.

O momento foi flagrado pelas câmeras de transmissão do empate por 1 a 1, válido pelo Campeonato Italiano. Aos 15 minutos do segundo tempo, Juan chamou o árbitro Federico La Penna para avisar que havia sido ofendido pelo Acerbi. Segundo a imprensa italiana, a leitura labial indica que o brasileiro diz ao juiz: “Ele me chamou de negro. Assim não dá”.

Na conversa com o árbitro, Jesus chega a mostrar a marca da campanha contra o racismo feita pela Serie A, liga que organiza o Campeonato Italiano. A logo, estampada em todos os uniformes, tem a frase “Keep racismo out” (Mantenha o racismo fora, em inglês).

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Juan disse que Acerbi se desculpou com ele e que perdoava o companheiro de profissão.

"Ele foi um pouco longe demais com suas palavras, mas ele é um cara legal. Ele pediu desculpas e está tudo bem. Nos abraçamos, dentro de campo, ele contou tudo, mas pediu desculpas. Espero que isso não aconteça de novo, ele é um cara inteligente".

Mais tarde, por conta do episódio, Acerbi foi retirado da convocação da seleção italiana. O italiano acabou absolvido da acusação por "falta de provas", segundo a Federação Italiana de Futebol (FIGC).

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