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Cotidiano

Vértebra de dinossauro é encontrada no Interior

Bruno Hoffmann

06/11/2019 às 01:00

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O osso, que estava isolado por ter se separado do esqueleto, 
foi levado para o Museu Paleontológico Pedro Candolo

O osso, que estava isolado por ter se separado do esqueleto, foi levado para o Museu Paleontológico Pedro Candolo | /REPRODUÇÃO/TV GLOBO

O paleontólogo Fabiano Vidoi Iori identificou como uma vértebra de titanossauro o fóssil que retirou do barranco de uma grota, há um mês, na zona rural de Uchoa, região norte do estado de São Paulo. O osso, que estava isolado por ter se separado do esqueleto, foi levado para o Museu Paleontológico Pedro Candolo, na área urbana. "O fóssil está em fase de preparação, mas já dá para saber que é uma vértebra do 'pescoçudo'", disse, referindo-se à principal característica desse herbívoro.

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A reportagem acompanhava o trabalho do paleontólogo quando ele constatou que aquilo que parecia uma simples pedra no barranco era o testemunho fóssil de um dinossauro que viveu na região há 100 milhões de anos. Ao remover, com martelo e talhadeira, a camada de arenito, ele comentou, na ocasião, a dimensão do achado.

O fóssil que o paleontólogo desencravou do barranco foi avistado pelo biólogo Leonardo Silva Paschoa, administrador do museu de Uchoa. Ele e o amigo José Rafael Fernandes, escrevente de cartório e estudante de Direito, dedicam os fins de semana à busca de indícios de fósseis pela zona rural. "Já nos chamam de caçadores de dinossauros", disse Fernandes. O museu reúne cerca de 200 peças, incluindo fósseis de crocodilos que viveram na região na era dos dinossauros.

Outros fósseis importantes para a compreensão da pré-história mais remota do interior foram achados, este ano, em Presidente Prudente. São rochas incrustadas com ossinhos de pequenas aves- dinossauros que viveram há 80 milhões de anos, recolhidas em um sítio paleontológico de Presidente Prudente. Os achados são estudados pelo paleontólogo Willian Nava, do Museu de Paleontologia de Marília, no oeste paulista.

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Três espécies já foram identificadas e podem ser inéditas. "É o primeiro registro de aves da era dos dinossauros no Sudeste brasileiro. Estamos estudando os fósseis em parceria com o Museu de História Natural de Los Angeles [EUA], o Museu de Taubaté [SP] e o Museu Argentino de Ciências Naturais [Buenos Aires]", explicou. O sítio em que as aves foram encontradas recebeu o nome de William's Quarry (pedreira do William), em homenagem ao paleontólogo. Ele já recolheu mais de mil ossinhos no local.

Nava está à frente de outros achados importantes na região. Ele começou a garimpar fósseis pelo oeste paulista após ter encontrado, em 1993, uma escápula (osso do tórax) de titanossauro. Em 2009, o pesquisador descobriu à margem de uma rodovia, em Marília, o fóssil de titanossauro mais completo do Brasil.

A ossada, com 60% do esqueleto, foi retirada com a ajuda do paleontólogo Rodrigo Santucci, da Universidade de Brasília (UnB), em quatro sessões de escavação entre 2011 e 2012. Ele ainda está sendo descrito, mas já recebeu o apelido de Dinotitã de Marília. (EC)

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