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Prefeitura de Santos, na Baixada Santista, não descarta a possibilidade de retirar o ponto de ônibus após diálogo com órgãos | NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL
O Projeto Nova Ponta da Praia, que promoveu uma série de mudanças estéticas e viárias no bairro, principalmente na orla entre as avenidas Coronel Joaquim Montenegro (canal 6) e Mário Covas (Perimetral), vem causando embaraços ao Instituto de Pesca de Santos.
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Esta semana, membros do Conselho de Cultura de Santos (Concult) se manifestaram nas redes sociais e deverão se reunir logo nos primeiros dias de janeiro de 2020 para cobrar da Prefeitura de Santos a retirada do recém-instalado ponto de ônibus em frente ao equipamento. O abrigo seria irregular porque nada pode obstruir a visão da fachada de prédios tombados. Os conselhos de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (CONDEPASA) e do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT) serão acionados sobre a situação e a direção do Museu de Pesca já se manifestou.
Segundo membros do Concult, o prédio é de estilo eclético em razão de seu padrão arquitetural reunir características de vários estilos. Em setembro de 1986, foi iniciado o processo para tombamento, concluído quase treze anos depois, oficialmente em 7 de abril de 1998, por conta da Resolução SC-40, publicada no Diário Oficial do Estado.
PREFEITURA
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Questionada pelo "Diário do Litoral", a Prefeitura de Santos, por sua Assessoria de Imprensa, informou que a instalação do ponto de ônibus no local foi definida mediante estudos de trânsito e demanda de passageiros.
"O mobiliário urbano projetado é de pequeno porte justamente para não confrontar com o edifício histórico. Diante da referida manifestação feita pela administração do Museu de Pesca, a Administração se coloca à disposição para dialogar com os órgãos de defesa do patrimônio. Como o mobiliário não é permanente, pode ser instalado em outro local", afirma a Prefeitura em nota.
Vale lembrar que o ponto de ônibus está longe de ser um dos problemas enfrentados pelo Instituto em função das obras. Recentemente, com exclusividade, o Diário publicou que o Projeto interrompeu o sistema de abastecimento de água marinha da instituição. A situação remonta a abril último e causou prejuízos aos pesquisadores e pescadores.
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É sabido que a Administração é responsável pela nova proposta e o Grupo Mendes o realizador das obras. Segundo apurado pela Reportagem, ao retirar um poste de iluminação, uma retroescavadeira rompeu, por duas vezes, a mangueira que leva água do mar da captação - próximo ao Deck do Pescador - ao laboratório do Instituto.
Foram colocadas duas abraçadeiras para segurar os remendos, mas elas seriam de material não resistente e podem romper a qualquer momento até pela força da bomba que puxa a água para o Instituto. Essa é a razão, inclusive, do não uso do equipamento.
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