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Cotidiano

Multinacional investe R$ 60 mi em Jundiaí

Bruno Hoffmann

04/12/2019 às 01:00

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Em meados deste ano, a multinacional espanhola Sanchez Cano começou a fabricar suplementos vitamínicos em goma no Brasil. Há 19 anos no País produzindo balas de goma com a marca Fini, a companhia investiu R$ 60 milhões, de recursos próprios, numa nova linha de produção dedicada a suplementos. Também constituiu uma nova empresa só para isso.

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O produto será fabricado na unidade de Jundiaí (SP), onde já são produzidas as guloseimas. Inicialmente os suplementos vitamínicos de vitaminas C e D e complexos que reúnem várias vitaminas na forma de goma com a marca Dr. Good serão vendidos no mercado interno. A partir de 2021, o Brasil vai virar uma base de exportação de suplementos em goma para América Latina e Europa, onde o segmento de vitaminas na forma de gomas é também pouco explorado. "O consumo de suplementos vitamínicos na forma de gomas é um mercado que nos Estados Unidos supera o de vitaminas por meio de comprimidos", diz Donizete Ferreira, diretor geral da Dr. Good, a nova empresa do grupo. No Brasil, no entanto, está só começando. Segundo Synésio Batista da Costa, presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Suplementos Nutricionais e Alimentos para Fins Especiais (Brasnutri), o mercado ganhou impulso após a aprovação do novo marco regulatório do setor de suplementos alimentares negociado o ano passado com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no qual novos ingredientes foram aprovados para serem adicionados aos produtos. "Antes havia uma restrição de cerca de 700 ingredientes", afirma o presidente da
Brasnutri.

Mercado bilionário.

Em 2018, o mercado de suplementos vitamínicos no Brasil movimentou R$ 1,96 bilhão. Nos últimos cinco anos cresceu, em média, dois dígitos a cada ano, segundo a associação do setor. A perspectiva é que, com as novas regras, esse ritmo de crescimento se acelere, diz Synésio.

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Nos Estados Unidos os números do setor são superlativos. As vendas no varejo de vitaminas em geral, não apenas goma, devem movimentar neste ano US$ 12,259 bilhões, segundo projeção da Euromonitor Internacional, provedor de pesquisa de mercado. O crescimento médio anual é 4,3% nos últimos cinco anos.

Ferreira, da Dr. Good, não revela a capacidade de produção de suplementos em goma da empresa porque existem concorrentes estreando no setor. Mas a meta é que, em três anos, os suplementos respondam por 10% do faturamento do grupo no Brasil. O País responde hoje pela metade das vendas da Sanchez Cano no mundo que devem somar 300 milhões de euros este ano. Com fábricas e representações comerciais, o grupo está presente em cem países, mas as vitaminas em goma foram desenvolvidas no Brasil, depois de três anos de pesquisas. "O País é um polo de inovação para o grupo", diz o presidente.

Para tocar a produção, a empresa contratou 120 trabalhadores. Inicialmente serão fabricados sete produtos e no ano que vem estão programados mais cinco. Ferreira conta que fechou parceria com o laboratório DSM, a maior provedora de vitaminas do mundo. A empresa desenvolveu as misturas que suportam altas temperaturas e são acrescidas às gomas. (EC)

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