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Índios da Aldeia de Boraceia são atendidos por equipes do Instituto Butantan | Divulgação/PMSS
Com o objetivo de saber como anda a saúde dos índios da Aldeia Guarani do Rio Silveira em relação ao novo coronavírus (Covid-19), localizada em Boraceia, na divisa entre os municípios de São Sebastião e Bertioga, no Litoral Norte paulista, órgãos de Saúde realizaram testes rápidos na comunidade.
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Dos 372 testes rápidos sorológicos do tipo lgM/lgG feitos por profissionais do Instituto Butantan, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, e projeto Saúde do Saber, sete foram positivados e coletadas 21 amostras para investigação médica de PCR.
A ação contou com parceria da Secretaria de Saúde (Sesau) da Prefeitura de São Sebastião, Fundação Nacional do Índio (Funai) e Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) paraa identificar se a pessoa teve contato com o vírus.
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De acordo com a chefe do Serviço de Promoção dos Direitos Sociais e Cidadania (Sedisc) da unidade da Funai, Karina Ono, a ação prevê a testagem massiva com aplicação dos testes rápidos. Estes testes apontam, em cerca de 20 minutos, se há presença de vírus ativo (IgM) e se houve contato anterior com o vírus (IgG). Caso haja resultado positivo para o IgM, é realizada imediatamente a coleta para um segundo exame, o RT-PCR.
A análise do material coletado é feita em laboratório em São Paulo, e encaminhado via Vigilância Epidemiológica do município. A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que também compõe a ação, é responsável por articular com as unidades básicas de saúde do município para acompanharem a ação e fazerem os encaminhamentos dos eventuais exames RT-PCR.
Atualmente, a aldeia conta com 430 índios cadastrados na Funai, sendo 90 famílias distribuídas em 120 ocas. O objetivo da iniciativa é avaliar esses grupos, que são considerados vulneráveis, por meio de testes rápidos e tomar as medidas necessárias para barrar a disseminação do vírus.
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Importante lembrar que, neste momento, as visitas à aldeia estão proibidas para evitar o contato de risco de contaminação da população indígena.
"Todas as aldeias do Estado poderão ser beneficiadas, desde que concordem com a realização da testagem", explica Karina Ono. Para ela, o isolamento é a etapa mais desafiadora da ação devido à ausência ou dificuldade de adaptação em estruturas prévias nas aldeias e a manutenção de um eventual espaço, com fornecimento de alimentação, camas/leitos, adaptação de banheiros com chuveiros, cozinha, cuidados médicos e transporte à rede estadual em casos graves.
“É fundamental uma atuação conjunta entre Sesai, Funai, Secretarias de Estado e Municípios para garantir locais adequados de isolamento nas aldeias", relata.
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