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Fraudes e golpes cometidos na internet aumentam durante a pandemia do novo coronavírus | /Gaudilab
A pandemia do novo coronavírus migrou o ambiente de compras e de muitos serviços do real para o virtual, o que acabou elevando a quantidade de fraudes e golpes cometidos na internet. Segundo a ClearSale, empresa especializada em análise de fraudes, o estado de São Paulo responde por 31% das fraudes cometidas no ambiente virtual em todo o Brasil, sendo que no primeiro semestre deste ano foram percebidas e evitadas a perda de R$ 238,3 milhões em fraudes no Estado, valor que mostra que houve uma alta de 78,6% nas tentativas de golpes, em relação ao ano passado.
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“Os fraudadores se aproveitam do momento da pandemia para realizar compras usando dados de outras pessoas. Eles atraem os consumidores para sites falsos, roubam os dados e fazem compras em nome destas pessoas”, explica Roberto Achar, especialista em segurança da informação da ClearSale.
Phishing
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De acordo com Achar, o phishing (estratégia para atrair o internauta, roubar dados e a partir daí cometer novos crimes) é o golpe mais comum no Estado. No Brasil, não é diferente. Dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), apontam alta de 70% nas tentativas de golpes durante a quarentena em todo o Brasil, com o phishing liderando as modalidades.
Os aplicativos falsos relacionados ao auxílio emergencial e o golpe do falso motoboy são outros tipos de crimes que aumentaram muito durante a quarentena, com alta de 65% neste último. Nele, criminosos entram em contato com a vítima se fazendo passar pelo banco para comunicar a realização de transações suspeitas com o cartão de crédito da pessoa. Em seguida, eles enviam um motoboy para buscar o cartão para que sejam analisadas e canceladas possíveis compras irregulares. Para dar mais credibilidade, os bandidos pedem que o cliente corte a tarja magnética do cartão, mas deixe o chip intacto.
“Os bancos nunca enviam funcionários para recolher os cartões de clientes. Ao descartar um cartão, é importante inutilizar o chip para impedir que novas compras sejam feitas”, alerta Walter de Faria, diretor-adjunto de operações da Febraban
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Estelionato
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, no Estado os crimes virtuais são registrados como estelionato e seus dados são de uso interno. A Gazeta tentou obtê-los por meio da Lei de Acesso à Informação, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.
Ainda assim, não faltam histórias de estelionato durante a pandemia e foi exatamente o que aconteceu em junho com a técnica de enfermagem Márcia Caetano, 54 anos, moradora da cidade de Salto.
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“Eu cai no golpe do WhatsApp. Clonaram o telefone de uma amiga e eu recebi a mensagem de que ela estava precisando de um empréstimo para pagar uma conta. Como ela é muito minha amiga, eu fiz a transferência de R$ 1.200. Só soube que era um golpe no dia seguinte, quando a vi pessoalmente. Fiz boletim de ocorrência e fui ao banco, mas me informaram que não poderiam fazer nada. Ela acabou se sentindo mal com a situação e me reembolsou R$ 600 (...). Hoje, eu ligaria para a pessoa para checar a história. Fui muito inocente”, conclui.
Segurança
O especialista da Proteste, Thiago Porto, reforça a ideia de Márcia. Ao receber alguma mensagem estranha de amigos, ou pedindo dinheiro, ligue para confirmar se realmente é a pessoa.
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Veja outras dicas abaixo:
Evite clicar em links desconhecidos em qualquer meio, como SMS, e-mail, mensagem de rede social;
Não abra e-mail e redes sociais em computadores de terceiros;
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Instale uma internet security em seu computador ou celular;
Nas compras digitais, verifique se a empresa é confiável, se o site tem telefone do SAC em local de fácil acesso e visibilidade, política de troca e se é protegido. Sites protegidos começam com HTTPS na barra de endereços.
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