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Nove das 20 unidades da federação acompanhadas pelo monitor tiveram aumento de seca em janeiro em comparação ao mês anterior | /Luis Graterol/Unsplash
O Monitor de Secas, que acompanha de forma regular e periódica esse tipo de fenômeno em 20 unidades federativas do País, aponta que o estado de São Paulo teve o maior percentual de seca extrema do Brasil em janeiro deste ano.
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De acordo com o estudo, houve em janeiro um avanço da seca grave na porção central do Estado em consequência das chuvas abaixo da média e da piora nos indicadores. Em contrapartida, houve atenuação da seca no sudoeste paulista, onde passou de grave para moderada.
Segundo análise do monitor pelo Climatempo, entre dezembro e janeiro houve uma elevação da área com seca grave (de 32,56% para 43,41%). Além disso, São Paulo teve a maior área com seca extrema no Brasil no Mapa do Monitor de janeiro (11,53%). Os impactos são de curto prazo no Vale do Paraíba; de longo prazo no sudoeste e sudeste e; de curto e longo prazo no restante do território paulista.
Ainda segundo o levantamento, nove das 20 unidades da federação acompanhadas pelo monitor tiveram aumento de seca em janeiro em comparação ao mês anterior: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco e Rio De Janeiro.
O Piauí se manteve com cerca de 92% de sua área com seca em relação ao mês anterior. A redução de áreas com o fenômeno aconteceu somente no Maranhão.
Em termos de severidade do fenômeno, 12 estados tiveram o agravamento da seca entre dezembro e janeiro: Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Em outras quatro unidades da Federação, o grau de severidade da seca se manteve: Bahia, Distrito Federal, Maranhão e Rio de Janeiro. Por outro lado, em quatro estados aconteceu uma atenuação da seca: Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
No Sudeste houve piora do cenário, com o agravamento da seca em áreas de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. O monitor também identificou o aumento de áreas com seca fraca em Minas Gerais e Rio de Janeiro. Tanto as precipitações abaixo da normalidade quanto as temperaturas acima da média contribuíram para esse cenário. Apenas no sudoeste de São Paulo ocorreu melhora, com suavização da seca, devido às precipitações acima da média.
O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de Clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas.
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Clima em março
De acordo com a meteorologista da Climatempo, Patricia Madeira, as condições para março não são muito diferentes do observado nos últimos meses.
"O verão vai terminando com chuvas muito irregulares em todo centro-sul do Brasil, inclusive em São Paulo. Mais uma vez, as áreas de divisa do Estado com Mato Grosso do Sul e com Minas Gerais registram os menores volumes de chuva, abaixo da média, apesar de o mês começar com bastante instabilidade", analisa Madeira.
Em março, a passagem das frentes frias irá beneficiar principalmente o sudoeste e leste paulista ao longo do mês, que ficam com chuva entre normal e ligeiramente acima da média. Para o restante do Estado a previsão é de várias pancadas isoladas, que deixam o total acumulado perto ou ligeiramente abaixo da média. A temperatura fica um pouco acima do normal em todo o Estado.
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