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Os policiais afirmaram que agiram em legítima defesa mas o vídeo mostra que o homem não aparenta sinais de resistência
24/09/2021 às 15:57 atualizado em 24/09/2021 às 15:58
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Vídeo mostra momento da execução do homem pelos PMs | Reprodução
Dois policiais militares de Ourinhos (SP) foram flagrados executando um homem após atirarem contra ele à queima-roupa, mesmo quando o rapaz já com as mãos na cabeça e não apresentava resistência. O homem era um foragido da justiça por suspeita de tentativa de homicídio.
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Os policiais envolvidos na execução são o subtenente Alexandre David Zanete, de 49 anos, e o cabo João Paula Herrera de Campos, de 37 anos. Ambos foram detidos depois que a Polícia Civil teve acesso ao vídeo gravado por uma câmera de segurança (veja abaixo).
Vídeo mostra PMs executando homem que já estava com as mãos na cabeça, em Ourinhos, interior de SP pic.twitter.com/5vxhAPP8q4
— Joseph Silva (@JosephS24044783) September 24, 2021
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Os policiais alegaram que agiram em legítima defesa e chegaram a apresentar uma arma que teria sido usada pelo foragido contra os policiais. Porém, após analisar as imagens do vídeo, o delegado Antônio José Fernandes Vieira pediu à Justiça um mandado de prisão temporária contra os PMs. As informações são do G1.
"Ocorre que, com a obtenção das imagens, percebemos que a versão apresentada pelos policiais no plantão, que teria ocorrido legítima defesa, não se sustentava", diz o delegado.
Foi a própria Polícia Militar que se encarregou de apreender os policiais. Eles foram encaminhados ao Presídio Militar Romão Gomes, na capital, na terça-feira (21). A prisão temporária pode ser convertida em prisão preventiva, sem prazo determinado, uma vez que a PM considerou a conduta como "inaceitável" e enviou um pedido de conversão da modalidade de prisão à Justiça Militar.
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"Dada a gravidade das imagens expostas e conduta inaceitável de quem tem o dever de zelar pela legalidade e proteção das pessoas, a Polícia Militar, compromissada com defesa da vida continuará apurando com o rigor necessário e informará à sociedade de todos os atos de investigação decorrentes", informou a corporação em comunicado.
O caso segue sendo investigado a fim de determinar qual foi o papel de cada policial na ação.
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