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O índice Rt chegou a 1,5, marca similar só foi registrada há cerca de um ano quando o Estado atingiu o índice de 1,49
19/01/2022 às 18:06
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Movimentação na Avenida Paulista | Romeo Campos/Futura Press/Folhapress
O estado de São Paulo atingiu nesta terça-feira (18) a maior taxa de transmissão (Rt) do novo coronavírus desde o início da pandemia, chegando ao índice de 1,5. A capital, por sua vez, já ultrapassou este índice e registra o taxa de 1,61. Ainda assim, este não é o recorde da Cidade, que já amargou índices piores no passado.
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A capital paulista já chegou a registrar o índice de transmissão de 1,7 em 28 de março do ano passado, pico da pandemia. Já o estado de São Paulo, até então, não tinha ultrapassado a marca de 1,49 registrado há pouco mais de um ano, em 20 de janeiro de 2021.
O Rt é calculado com base em números oficiais informados pelas autoridades regionais e é atualizado pela plataforma SP Covid-19 Info Tracker, criada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O texto conta com informações da Veja.
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Wallace Casaca, um dos coordenadores do SP Covid-19 Info Tracker explicaque “A velocidade de transmissão da Ômicron é algo sem precedentes no mundo, inclusive alguns estudos preliminares estão arriscando postular que ela é mais transmissível que o Sarampo, que é a doença mais infecciosa já conhecida até então”.
Epidemiologistas explicam que uma das principais indicações que a Rt fornece diz respeito à velocidade de transmissão da doença. Quando o índice está acima de 1, significa que haverá aumento no número de casos. Da mesma forma, quando o índice está abaixo deste número, a tendência de novas infecções é de queda.
De acordo com Casaca, uma das principais características da variante ômicron está relacionada à sua alta capacidade de transmissão em um curto período de tempo, com potencial para infectar um número gigante de pessoas. “Então, mesmo menos mortal, o percentual de pessoas que vão necessitar de algum cuidado hospitalar acaba sendo alto”.
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Entretanto, apesar de a nova cepa provocar um número menor de mortes ou de casos graves, o especialista afirma que as autoridades devem "recalibrar" o discurso e não minimizar o perigo da variante. “Isso pode estar sendo mal interpretado por parte da população, que acaba afrouxando as medidas sanitárias mais básicas”, conclui.
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