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Uber | Divulgação
A CEO da Uber, Sílvia Penna, disse que a empresa vai continuar na cidade de Osasco, na Grande São Paulo, em vez de voltar para a Capital. A afirmação foi dada durante depoimento à CPI dos Aplicativos, na Câmara Municipal de São Paulo, na tarde desta terça-feira (31).
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Sílvia Penna depôs amparada por um habeas corpus preventivo que, entre outras coisas, permitiu a ela ficar em silêncio sobre fatos que implicassem autoincriminação e não assinar o documento legal de dizer a verdade à Comissão.
Segundo ela, a Uber está construindo uma nova sede em Osasco.
“Aquele é o local no qual vamos fazer um campus. Globalmente tivemos, durante a pandemia, uma série de mudanças no formato de trabalho. Inclusive em São Francisco [nos Estados Unidos] a Uber também mudou de um escritório para um campus e, aqui no Brasil, temos essa construção em andamento”, explicou.
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“É um projeto complexo, é um terreno que precisa de bastante intervenção, então está em processo. Temos a aprovação de projetos internos e externos, todas as licenças e agora conseguimos as licenças de demolição, então é um projeto que segue em andamento”, completou ela, de acordo com o Portal da Câmara.
Questionada, Sílvia tentou justificar a ausência de funcionários na sede da Uber em Osasco quando a CPI realizou diligência no local, em março deste ano.
“A informação que eu tenho é que vossas excelências subiram na hora do almoço, então não conseguiram… Cruzaram com muitos funcionários no elevador ou cruzaram com muitos funcionários no lobby. Mas nossa sede é em Osasco e os nossos funcionários trabalham efetivamente em Osasco, em um modelo híbrido”, se defendeu.
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Os vereadores da CPI dos Aplicativos apuram a saída das empresas de aplicativo da capital paulista por causa da redução de ISS oferecido por cidades vizinhas. A prática é chamada pelos membros da CPI de evasão fiscal – que é o uso de formas ilegais para evitar o pagamento de tributos.
O presidente da CPI, vereador Adilson Amadeu (União Brasil), disse que a comissão está apurando todos os indícios de evasão fiscal que a Uber praticaria na Capital.
"Não me parece justo que a empresa utilize de toda a malha viária paulistana e não aceite contribuir com nenhuma contrapartida de sua parte. Mas já estamos seguindo uma linha das investigações, dos abusos praticados por essas empresas que a CPI já revelou e teremos muito material para constar no relatório final", afirmou, em contato com a reportagem da Gazeta.
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Adilson Amadeu é presidente da CPI dos Apps na Câmara de SP/Foto: Afonso Braga/CMSP
Em maio deste ano, a empresa de aplicativos 99 Tecnologia, responsável pelo 99 Taxi, anunciou o retorno da sede da companhia para a cidade de São Paulo, dez meses depois de ter se mudado também para o município de Osasco.
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