Publicidade

X

Estado

Governo inicia obra para museu não desabar

PORTO FELIZ. Obras emergenciais do Museu das Monções, no Interior, começaram na última semana; reforma geral porém não tem previsão

Junior Dothcom

Publicado em 02/04/2019 às 01:00

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Publicidade

Museu abandonado Porto Feliz / /Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo

O governo do Estado de São Paulo iniciou na última semana as obras emergenciais no Museu das Monções, em Porto Feliz, no interior paulista. O prédio, que é considerado patrimônio histórico, está fechado há nove anos e sofre o risco de desabar. A reforma geral do prédio, orçada em R$ 12 milhões, ainda não tem data para acontecer. Já as emergenciais, que preveem apenas contenção, serão feitas por R$ 1.047 milhão em um prazo de seis meses.

Segundo a Secretaria Estadual de Cultura, "as obras foram iniciadas e, conforme previsto, começaram pela cobertura, onde estão os problemas mais significativos. A empresa responsável pelos trabalhos é a CM Construção Civil".

Ainda de acordo com a nota enviada pela secretaria, "a desmontagem da cobertura foi iniciada e, posteriormente, serão inseridas estruturas de madeira auxiliar para compensar a fragilidade existente. As estruturas estão arqueadas pela insuficiência estrutural às cargas submetidas.

acervo importante.

O Museu das Monções abriga objetos como quadros, roupas e até uma cama em que Dom Pedro II dormiu durante uma passagem por Porto Feliz. O edifício está com problemas de infiltração, pintura, mato alto e com a fachada escorada em estruturas de madeira, já que sofre risco
de desabar.

Além disso, no acervo do museu também há capacetes usados por combatentes da Revolução Constitucionalista de 1932. Por causa da interdição, todo estes objetos foram levados a um galpão alugado pela prefeitura.

Devido à má conservação, o museu foi interditado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para evitar uma tragédia, parecida com a que aconteceu no Rio de Janeiro, em setembro de 2018.

Histórico.

A Gazeta acompanha desde outubro do ano passado a situação do local e o impasse da liberação da verba para reestruturação do prédio.

Em agosto do ano passado, a Justiça determinou que o Governo do Estado deveria iniciar as obra de reestruturação do local em 30 dias. Dois meses depois da determinação, a Secretaria Estadual de Cultura informou que o processo para reforma estava em licitação e que o início das obras estava previsto para o final de outubro.

Porém, o processo se estendeu até dezembro, e somente no começo de janeiro deste ano a pasta homologou a empresa vencedora da licitação e repassou a verba para obras de contenção.
(Matheus Herbert)

Apoie a Gazeta de S. Paulo
A sua ajuda é fundamental para nós da Gazeta de S. Paulo. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós da Gazeta de S. Paulo temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para a Gazeta de S. Paulo continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

Deixe a sua opinião

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Educação

Entrada de professores negros em universidades públicas é abaixo de 1%

No serviço público federal, de forma geral, negros não chegam a 16%

Imigração

PF investiga chegada em massa de vietnamitas ao Aeroporto de Guarulhos

Imigrantes estão em área restrita do Terminal 3

©2021 Gazeta de São Paulo. Todos os Direitos Reservados.

Layout

Software