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Menina de 6 anos teria sido estuprada antes de ser morta

A menina Kauani Rodrigues foi encontrada morta numa vala, na segunda-feira, cinco dias após sumir do berço, em Mongaguá

NELY

Publicado em 26/04/2019 às 01:00

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A menina Kauani Cristhiny Soares Rodrigues, de 6 anos, encontrada morta numa vala, na segunda-feira, 22, cinco dias após sumir do berço, em Mongaguá, litoral sul de São Paulo, foi provavelmente estuprada antes de ser assassinada, segundo a Polícia Civil. Exames preliminares apresentados pelo Instituto Médico Legal (IML) de Praia Grande apontaram indícios de violência
sexual.

O laudo apontou lesões próximas da região genital da garotinha, mas o estado do corpo em decomposição não permitiu a confirmação do estupro. O delegado do 2.o Distrito Policial, Francisco Wenceslau, que está à frente do caso, pediu exames específicos que devem ser entregues em 30 dias. Ele acredita que houve a violência sexual.

A criança foi levada do quarto em que dormia no noite do dia 17, quando os familiares estavam reunidos em uma festa. A família mora no prédio de um antigo bar, que foi alvo de ocupação. A mãe, Diana Soares de Lira, de 34 anos, notou o desaparecimento ao levar o outro filho para a cama.

O suspeito, o guardador de carros Rodrigo de Paula Sales, de 28 anos, chegou a ser detido, mas foi liberado por falta de provas. Imagens de câmeras mostraram que, naquela noite, ele caminhava pela rua levando a criança no colo. Sales voltou a ser preso e confessou ter raptado Kauani, apertado seu pescoço e jogado o corpo em uma vala, mas negou o estupro.

De acordo com o delegado, embora o acusado negue a violência sexual, outros elementos indicam que a menina foi raptada para esse fim criminoso. Sales já conhecia a criança, pois era morador de rua e recebia ajuda da família com a doação de alimentos. Ele alegou ter decidido raptar Kauani por vingança, porque a mãe dela lhe teria negado comida e drogas, mas familiares e testemunhas negam esse fato.

O acusado também foi apontado como autor de dois crimes de estupro anteriores, o que ainda é investigado. O que mais reforça a hipótese de crime sexual, segundo o policial, é o fato da criança ter sido encontrada seminua, com as roupas de baixo arriadas. Conforme Wenceslau, embora o laudo preliminar não indique a causa da morte, não há dúvida de que houve homicídio qualificado, pois Sales confessou ter raptado, esganado a vítima e jogado o corpo na vala cheia de água. O crime será tratado como hediondo. Segundo o delegado, se os laudos complementares confirmarem o estupro, o homem responderá também por esse crime. (EC)

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