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Oposição insiste em CPI de estatal de rodovias

Matheus Herbert

Publicado em 12/04/2019 às 01:00

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Com o potencial de desgastar o governo João Doria (PSDB), a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Dersa, estatal paulista de rodovias investigada pela Lava Jato, é o reflexo de uma nova Assembleia Legislativa, em que as duas maiores bancadas, PSL e PT, querem mirar escândalos de corrupção tucanos.

Nesse cenário, em que o PSDB ainda detém uma ampla base de governo, porém não controla a Casa como antes, vale a máxima de que uma CPI é algo que se sabe como começa, mas não como termina. Por isso, o esforço do partido em barrar a comissão.

O pedido para abertura da CPI da Dersa ficou em 12º lugar na Assembleia, após assessores do PSDB passarem 63 horas na fila para protocolarem antes outras 11 CPIs com potencial mais ameno.

O regimento determina que só podem funcionar cinco CPIs por vez, seguindo a ordem em que foram registradas, e com duração máxima de seis meses cada uma. As cinco primeiras foram criadas no fim do mês passado e investigam, por exemplo, pet shops.

O PSL, com 15 deputados, e o PT, com 10, ao lado de deputados de outras nove siglas, já conseguiram assinaturas suficientes e requisitaram a instalação de uma sexta CPI -algo que o regimento prevê, mas precisa ser aprovado em comissões e no plenário, por 48 dos 94 deputados. Outro obstáculo é fazer com que o presidente da Casa, Cauê Macris (PSDB), aliado de Doria, leve essa votação ao plenário.

Governistas, opositores e independentes concordam que uma eventual comissão investigativa sobre o caso teria potencial para causar constrangimentos ao governador e reexplorar episódios pouco lembrados das investigações. Mais difícil, no entanto, seria avançar em investigações que ocorrem há anos nos Ministérios Públicos estadual e federal a respeito dos problemas que envolvem a estatal.(FP)

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