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Esse padre usou disfarce para lutar no ringue até pagar as dividas de um orfanato

O nascimento de Frei Tormenta e a escolha de um nome carregado de simbolismo

Marcos Ferreira

26/09/2025 às 15:46

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O disfarce foi usado para se inserir na luta livre

O disfarce foi usado para se inserir na luta livre | Reprodução: YouTube

A vida de Sergio Gutiérrez Benítez, mais conhecido como Frei Tormenta, é uma das mais extraordinárias e inspiradoras do México. Esse padre, nascido em 1945, tornou-se uma figura lendária ao decidir que sua vocação não se limitaria ao altar.

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O padre entrou para a luta livre para salvar um orfanato - reprodução: YouTube
O padre entrou para a luta livre para salvar um orfanato - reprodução: YouTube
O padre Sérgio ficou mais de 20 anos com muita dor - Reprodução: YouTube
O padre Sérgio ficou mais de 20 anos com muita dor - Reprodução: YouTube

Movido pela necessidade de sustentar um orfanato com centenas de crianças, ele encontrou na luta livre um caminho inesperado para transformar a realidade.

Quando assumiu uma igreja em 26 de maio de 1973, descobriu não apenas um templo em más condições, mas também uma comunidade repleta de desafios. Foi nesse contexto que fundou a Casa Lar dos Filhotes de Frei Tormenta, que abrigava 270 órfãos.

Diante da dificuldade em manter a instituição, ele percebeu que precisava de uma solução criativa para conseguir recursos. Foi assim que a luta livre entrou em sua vida, mudando para sempre sua história e a de tantas crianças.

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O início da missão no orfanato

Logo após assumir a paróquia, Frei Tormenta se dedicou à criação do orfanato. Sua meta era oferecer alimentação, moradia, educação e esperança para crianças que haviam perdido tudo.

Ele não se limitava ao papel de sacerdote. Assumia também funções administrativas, organizava reparos e cuidava pessoalmente das necessidades dos pequenos.

A missão era enorme e o dinheiro escasso. Por isso, pensou em novas formas de arrecadar recursos para manter viva aquela obra social.

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A entrada nos ringues como Frei Tormenta

A ideia surgiu em uma noite de insônia, quando assistia ao filme Mr. Storm. Inspirado pelo personagem, decidiu criar uma identidade própria: nascia o lutador Frei Tormenta.

O “frei” representava sua condição religiosa e o “tormenta” fazia referência à força com que desejava lutar por suas crianças.

Sua primeira luta rendeu apenas 200 pesos, mas serviu como estímulo. Ele estabeleceu como meta lutar por um ano, esperando arrecadar cerca de um milhão de dólares para manter o orfanato.

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Sua rotina era dura: acordava às 4h30, viajava até a Cidade do México para treinar, e ainda voltava a tempo de celebrar a missa às 8h.

Com o tempo, ingressou no Conselho Mundial de Luta Livre e passou a ter maior visibilidade e recursos para sustentar o lar.

Reconhecimento e impacto social

Com a máscara vermelha e amarela, Frei Tormenta conquistou não apenas o público da luta livre, mas também a admiração de fiéis e da sociedade. Tudo o que arrecadava era revertido para o orfanato, o que fez dele uma figura respeitada e admirada.

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Seu trabalho social mostrou que a fé pode se expressar de formas inesperadas. Ele transformou a arena em um espaço de solidariedade e levou esperança a centenas de crianças que passaram pelo lar.

Sua atitude provou que coragem e criatividade podem caminhar junto da vocação religiosa.

A inspiração para o cinema e o legado

A trajetória de Frei Tormenta ultrapassou fronteiras. Sua história inspirou filmes como L’Homme au masque d’or, de 1991, e também o longa norte-americano Nacho Libre, lançado em 2006, com Jack Black.

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Embora em tom humorístico, o filme trouxe ao mundo a essência do padre que usava a luta para sustentar uma obra social.

Após mais de duas décadas nos ringues, Frei Tormenta se aposentou em 2011. No entanto, continuou a usar sua máscara em celebrações religiosas, como símbolo de sua missão.

Hoje, é lembrado como um exemplo de fé, coragem e solidariedade, alguém que provou que a caridade pode encontrar caminhos nos lugares mais inesperados.

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