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Esses exemplos mostram como a tradição oral pode transformar frases ao longo dos séculos. | Freepik
Os ditados populares fazem parte do nosso cotidiano. São frases curtas e criativas que ajudam a transmitir ideias de maneira rápida e marcante.
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No entanto, com o passar do tempo, alguns deles foram modificados na fala do povo e acabaram sendo repetidos de forma incorreta, a ponto de a versão “errada” soar mais natural do que a original.
A seguir, a Gazeta apresenta seis ditados populares que costumam ser ditos de maneira equivocada e explica qual é a forma correta — além do sentido por trás de cada expressão. Confira:
A versão mais comum sugere que quem sabe se comunicar consegue chegar aonde quiser. Mas o ditado original é: “Quem tem boca, vaia a Roma.”
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Aqui, o verbo “vaiar” tem o sentido de protestar ou expressar descontentamento, algo relacionado ao contexto histórico de Roma, conhecida como palco de grandes manifestações públicas.
Muita gente usa essa forma para se referir às dificuldades de uma profissão. Mas o ditado verdadeiro é: “Ócios do ofício.”
Neste caso, “ócios” se refere aos momentos de pausa ou descanso dentro de uma ocupação, algo bem diferente da dureza sugerida pela versão popularizada.
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A interpretação comum é a de improvisar com o que se tem — caçar com um gato no lugar de um cão. Mas a forma correta é: “Quem não tem cão, caça como gato.”
Ou seja, significa agir de forma astuta, habilidosa e independente, exatamente como um gato faria.
Esse é outro ditado que se espalhou de forma equivocada. O original, segundo estudiosos, é: “Quem pariu os maus teus que balance.”
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A expressão significa que quem cria um problema deve assumir a responsabilidade por ele. A semelhança sonora entre “maus teus” e “Mateus” teria levado à alteração ao longo do tempo.
Apesar de muito usado para falar de semelhança entre pessoas, esse ditado não faz sentido literal e pode soar até desagradável. A forma correta é: “Esculpido em Carrara.”
Carrara é uma região da Itália famosa pela extração de mármore desde o Império Romano. No material eram feitas esculturas tão fiéis que a expressão passou a significar alguém muito parecido com outra pessoa.
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Esses exemplos mostram como a tradição oral pode transformar frases ao longo dos séculos. A repetição de geração em geração acaba fixando versões diferentes das originais, mas igualmente populares.
Mesmo assim, conhecer a forma correta ajuda a entender a riqueza da nossa língua e a história por trás dessas expressões que atravessaram o tempo e ainda fazem parte do nosso jeito de falar.
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