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Na época, a cidade registrava cerca de 20 mortos ao mês, que não podiam ser enterrados | Imagem gerada por IA
Em 2005, no município de Biritiba-Mirim no Estado de São Paulo, o prefeito enviou uma proposta para que nenhum habitante pudesse morrer. Em um dos itens constava “os infratores responderão pelos seus atos”.
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A solução para uma família foi enterrar a estudante de apenas 18 anos no jazigo cedido por um conhecido: “Foi muito chato. Não desejo para ninguém a situação que nós passamos”, afirmou Maria Araújo, prima da estudante para o jornal Folha de S. Paulo.
A proposta ainda previu alertas e punições aos “desobedientes” e um artigo deixou claro que “os municípes deverão cuidar da saúde [das pessoas] para não falecer”. O projeto ganhou enorme notoriedade no País inteiro e atingiu o objeto do prefeito.
Roberto Pereira da Silva, até então filiado ao PSDB, queria chamar a atenção das autoridades para resolver um impasse na cidade do Alto Tietê: a superlotação do único cemitério local e a impossibilidade de construir um novo.
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Por ficar na região da Serra do Mar, grande parte do município é protegido e não pode ter intervenção da prefeitura. Além disso, 89% do território é de mananciais, o que impediu a construção de um outro cemitério.
O plano deu certo. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) mudou a resolução e um novo cemitério foi inaugurado em 2010, no Jardim Takebe. Com capacidade de 12 mil sepulturas.
O coveiro José Barreto disse ao portal g1: "A lei foi polêmica, mas foi boa. Se não fosse aquilo talvez não tivesse saído um novo cemitério. Foi uma maneira de pressionar, de mexer nas autoridades. Era uma emergência do novo cemitério".
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O antigo sepulcrário era três vezes menor do que o novo. Inaugurado em 1910, tinha capacidade para 3,5 mil túmulos.
Biritiba Mirim é uma cidade com mais de 150 anos e possui cerca de 30 mil habitantes. Fica localizada a uma hora e meia da capital paulista. O nome vem de um dos dialetos tupi e significa “pequena casca branca”.
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