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A cidade que escondeu seus rios debaixo do asfalto; veja consequências

Município que hoje é visto como metrópole já abrigou dezenas de rios limpos e cheios de vida

José Adryan

19/08/2025 às 05:35

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Rios foram em sua maioria enterrados para a construção da cidade

Rios foram em sua maioria enterrados para a construção da cidade | Reprodução/Youtube

Poucas pessoas sabem, mas São Paulo é uma cidade com muitos rios e córregos. Essa confusão acontece porque a maioria deles foi enterrada para dar lugar a prédios e avenidas.

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São Paulo já teve dezenas de rios limpos, mas muitos foram soterrados para abrir espaço para avenidas
São Paulo já teve dezenas de rios limpos, mas muitos foram soterrados para abrir espaço para avenidas
As enchentes revelam a memória desses rios, que não conseguem mais dar conta do volume de água
As enchentes revelam a memória desses rios, que não conseguem mais dar conta do volume de água
No início do século 20, o Tietê era lugar de lazer, mas virou esgoto a céu aberto a partir dos anos 1950
No início do século 20, o Tietê era lugar de lazer, mas virou esgoto a céu aberto a partir dos anos 1950
Nomes de bairros como Água Funda e Rio Pequeno ainda carregam lembranças da presença da água na cidade (Fotos: Reprodução/Youtube)
Nomes de bairros como Água Funda e Rio Pequeno ainda carregam lembranças da presença da água na cidade (Fotos: Reprodução/Youtube)

Quando chuvas fortes atingem a capital, esses rios e córregos reaparecem, transbordando e trazendo para as ruas a água que já não conseguem mais suportar.

Cadê os rios?

Grande parte dos cursos d’água paulistanos foi canalizada e aprisionada em galerias de concreto sob o chão da cidade, e essa escolha sem planejamento causa impactos graves até hoje.

“Como as pessoas não conseguiram fazer especulação imobiliária em cima dos córregos, ofereceram para as ruas serem os córregos. O resto virou habitação”, explica Rodolfo Costa e Silva, coordenador do programa de despoluição do Rio Tietê, em entrevista à Fapesp.

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Essa mudança nos rios de São Paulo aconteceu de maneira acelerada. No início do século passado, era comum que os moradores passassem os domingos nadando, pescando ou andando de barco no Tietê.

Aos poucos, a diversão deu lugar à poluição. O crescimento do despejo de esgoto doméstico e industrial fez com que, já nos anos 1950, o rio fosse considerado um esgoto a céu aberto, cenário que permanece até hoje. 

Lembranças ancestrais

“O crescimento populacional, econômico e o mercado de terras fez a cidade caminhar em direção aos rios”, diz o historiador Janes Jorge, que é professor da Unifesp à Fapesp.

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As marcas da água ainda estão espalhadas pela cidade, inclusive nos nomes de bairros: Água Rasa, Água Funda, Vila Nova Cachoeirinha, Rio Pequeno, entre outros.

“Se você abrir um guia de ruas de São Paulo, você vai ver um monte de referência à água que está naquele lugar, ou que esteve visível naquele local”, conta Luiz Campos Júnior, co-criador da iniciativa Rios e Ruas também à Fapesp.

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