Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Estudos recentes mostram que a simples inalação do aroma do alecrim pode melhorar o desempenho em tarefas de memória. | Wikimedia Commons
Usado há séculos na culinária e na medicina tradicional, o alecrim está conquistando novo protagonismo. Desta vez, com respaldo da ciência.
Continua depois da publicidade
Além de realçar sabores na cozinha, a erva aromática vem sendo estudada por seus potenciais benefícios à saúde cerebral, imunológica e digestiva, com destaque para suas possíveis aplicações no combate à doença de Alzheimer.
Na Grécia e Roma antigas, era comum que estudantes usassem ramos de alecrim durante os estudos para melhorar a concentração. Essa tradição milenar pode estar próxima de ser comprovada cientificamente.
Estudos recentes mostram que a simples inalação do aroma do alecrim pode melhorar o desempenho em tarefas de memória.
Continua depois da publicidade
Isso porque o cheiro da planta parece estimular a circulação sanguínea no cérebro, facilitando o transporte de oxigênio e nutrientes essenciais para o bom funcionamento mental. Além disso, o alecrim contém substâncias que interagem diretamente com os neurotransmissores cerebrais.
Um exemplo é o composto 1,8-cineol, que ajuda a preservar a acetilcolina — uma molécula-chave para a aprendizagem e retenção de memórias, especialmente importante em processos de envelhecimento saudável.
Entre os compostos mais estudados do alecrim está o ácido carnósico, um antioxidante natural com propriedades anti-inflamatórias.
Continua depois da publicidade
Em 2025, cientistas desenvolveram uma versão mais estável desse ácido, chamada diAcCA, que vem mostrando resultados animadores em testes pré-clínicos.
Em camundongos, o composto foi capaz de melhorar a memória, aumentar as conexões entre células cerebrais e reduzir proteínas tóxicas associadas ao Alzheimer.
Um diferencial importante do diAcCA é que ele só se ativa em áreas do cérebro que apresentam inflamação, o que pode reduzir efeitos colaterais.
Continua depois da publicidade
Até o momento, não foram observados sinais de toxicidade, o que abre caminho para futuros testes em humanos e amplia as expectativas de tratamentos mais eficazes para doenças neurodegenerativas.
Os benefícios do alecrim não se limitam ao cérebro. A planta também é conhecida por suas propriedades digestivas e anti-inflamatórias.
Compostos como o ácido rosmarínico e o ácido ursólico atuam na redução de inflamações em diferentes partes do corpo e podem auxiliar no alívio de sintomas como inchaço e desconforto intestinal.
Continua depois da publicidade
Na área da dermatologia, o alecrim também demonstra potencial. Pesquisas indicam que seus extratos podem ajudar a combater acne, aliviar condições como eczema e até proteger a pele contra os efeitos nocivos do sol, graças ao seu efeito antioxidante.
O óleo essencial da planta também apresenta propriedades antimicrobianas, com possíveis aplicações tanto na conservação de alimentos quanto no desenvolvimento de medicamentos.
Apesar de seus benefícios, o uso do alecrim em abundância, deve ser feito com cautela. O consumo excessivo pode causar efeitos adversos, como náuseas e, em casos raros, convulsões, principalmente em pessoas com epilepsia.
Continua depois da publicidade
Mulheres grávidas também devem evitar doses elevadas, pois há um risco potencial de estímulo às contrações uterinas.
Além disso, o alecrim pode interferir com certos medicamentos, como anticoagulantes, sendo recomendável consultar um profissional de saúde antes de iniciar o uso terapêutico da planta.
Seja em uma xícara de chá, como tempero no almoço ou na aromaterapia, o alecrim segue como um aliado natural com múltiplos usos.
Continua depois da publicidade
Enquanto a ciência avança na compreensão de seus mecanismos e potenciais terapêuticos, incorporar a erva na rotina pode ser uma forma simples e saborosa de cuidar da saúde do corpo e da mente.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade