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Nova tecnologia já está em testes | Imagem gerada por IA
Enquanto os holofotes se voltam para os computadores quânticos, uma revolução silenciosa já começou e promete transformar a forma como nos conectamos. A internet quântica, construída rapidamente por laboratórios e governos globais, pode estar funcional muito antes de um computador quântico chegar às prateleiras.
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Essa nova infraestrutura promete algo que a internet clássica jamais entregará: segurança absoluta. Ela se baseia em leis da física, como o teorema da não clonagem, que impedem qualquer espionagem sem deixar rastros. Quem tenta interceptar, estraga tudo e é detectado na hora.
Essa tecnologia avança rapidamente em cidades como Chicago, Viena e Pequim. Redes experimentais já conectam dispositivos utilizando princípios da mecânica quântica, algo impensável há poucos anos. Hoje, essa realidade molda a comunicação do amanhã.
A internet quântica superará a clássica principalmente na segurança e integridade das informações. Ela garante comunicações invioláveis por princípios físicos, não apenas matemáticos, ao contrário da internet atual, que se apoia em códigos criptográficos que podem ser quebrados.
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Você vai precisar de internet quântica na sua casa um dia? Talvez não tão cedo, afirmam os especialistas. No entanto, ela mudará a forma como todos nos conectamos. A internet quântica não deve substituir a internet clássica, mas coexistir como uma camada complementar para alta segurança.
Inicialmente, o uso da internet quântica será restrito a ambientes estratégicos. Isso inclui instituições governamentais, centros de pesquisa e grandes empresas. Ela será crucial em áreas como finanças, defesa e comunicações críticas.
Com o tempo e o avanço da tecnologia, partes da infraestrutura quântica podem se tornar acessíveis ao uso doméstico. Assim, ela se integrará de forma invisível aos sistemas clássicos, como já aconteceu com outras inovações.
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A internet quântica já está sendo construída e não exige o descarte da infraestrutura clássica. Pelo contrário, ela se apoia nela. Cabos de fibra óptica, centros de dados e satélites existentes estão sendo adaptados para transportar informação quântica.
O segredo está em como essa informação é codificada. Em vez de bits clássicos (0 ou 1), são utilizados qubits – partículas como fótons – que carregam estados quânticos. Estes exigem tecnologias específicas para serem manipulados e detectados.
Um dos principais desafios é a perda de coerência dos qubits ao longo da distância. Para contornar isso, pesquisadores desenvolvem repetidores quânticos. Esses dispositivos restauram o estado quântico sem violar os princípios da mecânica quântica.
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Esses repetidores funcionam com o apoio de memórias quânticas, que armazenam qubits temporariamente. Isso ocorre enquanto a rede se sincroniza, garantindo a integridade dos dados e a fluidez da comunicação.
Satélites quânticos, como o Micius da China, já demonstraram a distribuição de chaves quânticas em longas distâncias. Isso acontece sem depender de fibras ópticas terrestres, mostrando a versatilidade da tecnologia.
Combinando essas tecnologias, uma nova rede global começa a emergir. Esta rede será invisível, ultrassegura e baseada nas leis mais fundamentais da física. Ela já começou a ser testada, mostrando um futuro promissor.
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Na Europa, a Quantum Internet Alliance (QIA) lidera o desenvolvimento de um protótipo completo de rede quântica. Esta aliança é composta por mais de 40 instituições acadêmicas e industriais em nove países.
A QIA busca demonstrar a viabilidade de uma rede quântica pan-europeia. Suas aplicações incluem comunicações ultrasseguras e a interligação de computadores quânticos distribuídos.
No Brasil, o projeto Rede Rio Quântica representa a primeira rede de comunicação quântica do país. Ela conecta cinco instituições de pesquisa no estado do Rio de Janeiro: UFRJ, UFF, CBPF, PUC-Rio e, futuramente, o IME.
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Esta rede pioneira utiliza uma combinação de enlaces por fibra óptica com um feixe de laser verde. Este feixe atravessa 6,8 km entre os campi da UFF e do CBPF, marcando um passo importante.
Com isso, o projeto dá os primeiros passos rumo à construção de uma infraestrutura nacional de comunicações quânticas seguras. Assim, insere o Brasil na corrida global pela implementação dessa tecnologia revolucionária.
A internet quântica não é mais uma promessa distante.
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Ela está sendo testada, construída e, em breve, integrada às estruturas que usamos todos os dias. Assim como a internet clássica começou silenciosamente em universidades, a quântica segue o mesmo caminho.
Contudo, ela é mais rápida, mais segura e mais radical em seus impactos. Ignorá-la agora pode ser como ignorar a web nos anos 1990: uma escolha que só parece inofensiva até que seja tarde demais.
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