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o ócio é fundamental para desenvolver a parte criativa | Imagem gerada por IA
Nem sempre os conselhos que dizem para ser mais produtivo, evitar distrações e acelerar o ritmo são os melhores. De acordo com o neurocientista Joseph Jebelli, há muito valor em permitir que a mente desacelere e se isole de vez em quando. Após anos de estudo, ele afirma que a criatividade se alimenta do descanso e da solidão.
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De acordo com o neurocientista Joseph Jebelli, há muito valor em permitir que a mente desacelere e se isole de vez em quando. Após anos de estudo, ele afirma que a criatividade se alimenta do descanso e da solidão.
A ideia surgiu a partir de uma observação pessoal: sua família tratava o trabalho como obrigação constante, sem espaço para pausas. Isso o levou a investigar como o cérebro se comporta quando está livre da pressão por produtividade.
O resultado? Períodos de introspecção não apenas aliviam o estresse, como também abrem caminho para o pensamento inovador.
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O estado mental proporcionado pela solidão intencional tem efeitos profundos sobre a maneira como pensamos.
Longe de estímulos constantes, a mente ganha liberdade para explorar novas ideias, revisitar memórias e reorganizar pensamentos. Para Jebelli, esse é o terreno ideal para a criatividade florescer.
Em vez de associar o silêncio ao tédio, deveríamos vê-lo como um recurso. Ele permite que pensamentos antes reprimidos venham à tona e sejam lapidados.
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Em tempos de excesso de estímulo digital, buscar momentos de solidão pode ser o diferencial para desenvolver projetos mais originais e profundos.
Embora muitos vejam a procrastinação como algo negativo, ela também tem um papel importante no desenvolvimento mental.
Ao adiar uma tarefa, o cérebro pode continuar trabalhando em silêncio sobre o problema, amadurecendo respostas que talvez não surgissem com esforço imediato. Esse tempo de “espera produtiva” tem valor.
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Muitas vezes, as soluções mais interessantes não aparecem sob pressão, mas sim quando a mente está relaxada.
Ao permitir esse intervalo, damos espaço para conexões que exigem tempo para se formar. A chave está em encontrar o equilíbrio entre ação e pausa — e aceitar que adiar também faz parte do processo criativo.
Para Jebelli, o que diferencia pessoas como Da Vinci não é apenas a inteligência, mas o tipo de atenção que davam ao mundo ao seu redor.
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Eles tinham a capacidade de observar, contemplar e refletir por longos períodos, o que é raro em tempos modernos. Essa atitude mental é mais importante que qualquer teste de QI.
Todos podem desenvolver essa habilidade, desde que cultivem o hábito de desacelerar.
A genialidade pode estar menos ligada a talento nato e mais ao tempo dedicado à introspecção. Criar espaço mental, com tempo e paciência, é o que permite que ideias mais complexas ganhem vida.
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Viver em constante aceleração compromete a saúde do cérebro e limita a criatividade. Jebelli defende que o descanso deve ser encarado como parte do trabalho, e não como uma pausa entre tarefas. Esse tempo é essencial para que o pensamento se torne mais claro, criativo e eficaz.
Ignorar essa necessidade pode ser um erro. Incorporar momentos de pausa consciente ajuda a organizar pensamentos, reduzir a ansiedade e ampliar a visão sobre os próprios desafios.
A criatividade, muitas vezes, não nasce no esforço contínuo, mas no espaço deixado pelo silêncio.
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