Adeus, apartamento: agora você pode comprar uma casa móvel facilmente

Por fora, uma casa modular é igual a qualquer residência tradicional, mas se trata de uma construção móvel, instalada com facilidade em um terreno amplo e apropriado.

Depois de fazerem sucesso em outros países, as casas modulares desembarcaram no Brasil com preços mais baixos que uma casa de alvenaria, mas será que elas valem a pena? Entenda.

Como elas funcionam

As casas modulares são residências pré-fabricadas formadas por módulos independentes que, ao serem acoplados, compõem uma moradia completa, com sala, quarto, cozinha e banheiro.

Depois de prontos, esses módulos são transportados até o terreno escolhido, onde são montados e recebem os acabamentos finais.

Esse tipo de modelo permite ampliar a planta conforme as necessidades do morador e se adapta com facilidade a diferentes tipos de terreno.

Quais são as vantagens

Entre as principais vantagens dessa casa está o tempo reduzido de construção, já que, por ser um modelo pré-fabricado, a obra é muito mais rápida do que a de um imóvel convencional de alvenaria. 

No bolso, isso se traduz em mais economia nas obras e em manutenção. 

Outro ponto positivo é que a produção em fábrica gera menos entulho e desperdício de materiais, além de permitir a utilização de materiais sustentáveis como a madeira CLT (Cross-Laminated Timber).

E as desvantagens?

Apesar de ser uma enorme inovação, a casa modular possui algumas desvantagens.

Embora seja mais barata que uma residência tradicional, o transporte dos seus módulos pode ser caro e logisticamente complexo, exigindo um planejamento cuidadoso, especialmente para locais de difícil acesso.

Além disso, a falta de padronização na avaliação de projetos em diferentes prefeituras no Brasil pode ser um desafio, e nem todas as instituições financeiras oferecem linhas de crédito específicas para esse tipo de construção.

Já são realidade em São Paulo

Em 2022, a Prefeitura de São Paulo recebeu 350 casas modulares destinadas a acolher cerca de mil pessoas em situação de rua no bairro do Bom Retiro, região central da cidade.

As moradias, com 18 m², tinham estrutura metálica e paredes com material antichamas, garantindo isolamento térmico e acústico. Cada unidade contava com banheiro próprio, minicozinha e capacidade para abrigar até quatro pessoas.