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Bordéis digitais prosperam, mas especialistas alertam: 'Isso pode agravar a violência contra mulhereS' | Imagem gerada por IA
Se você se impressiona com os bebês reborn, espere até conhecer as bonecas reborn "ficante". Um bordel cibernético da Europa, o Cybrothel, combina bonecas sexuais, inteligência artificial e realidade virtual para criar experiências íntimas personalizadas.
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Com preços acessíveis e opções que vão desde interações básicas até fantasias complexas, o negócio levanta questões éticas sobre consentimento, misoginia e o impacto da tecnologia na sexualidade.
Criado como um projeto artístico em Berlim, o Cybrothel atrai principalmente homens em busca de experiências sem julgamentos. No entanto, especialistas alertam para os riscos de normalizar comportamentos abusivos e aprofundar desigualdades de gênero.
Os visitantes escolhem entre 18 bonecas de silicone, como Red, que oferece serviços desde posições específicas até simulações de fluidos corporais por preços extras. A experiência inclui headsets de realidade virtual e até dubladoras ao vivo.
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Philipp Fussenegger, criador do Cybrothel, explica que 98% dos clientes são homens, muitos acompanhados de parceiros reais. "É um espaço para explorar fantasias sem trair", diz ele ao portal The Independet".
Mas críticos questionam se isso é realmente "eticamente correto".
As bonecas seguem um padrão estético hiper-sexualizado: corpos curvilíneos, traços infantis e pele impecável. Fussenegger admite que a indústria ainda é dominada por homens heterossexuais, mas defende a diversidade.
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Laura Bates, autora de "A Nova Era do Sexismo", denuncia a violência simbólica. Em sua visita disfarçada, encontrou uma boneca com roupas rasgadas e partes danificadas. "Isso reforça a objetificação da mulher", afirma.
O Cybrothel testou chatbots onde usuários conversavam com bonecas antes das visitas. Bates alerta: "Isso confunde a linha entre real e artificial, incentivando a ideia de que mulheres são objetos sempre disponíveis".
Estudos mostram que plataformas de IA como Replika e ChatGPT já são usadas para interações sexuais, muitas vezes burlando filtros de segurança. "A normalização desse comportamento é perigosa", diz a pesquisadora Kerry McInerney.
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Com poucas leis específicas, crianças podem acessar conteúdos impróprios em chatbots, e bonecas danificadas revelam fantasias violentas. O Reino Unido estuda incluir verificações de idade, mas especialistas cobram ações mais rígidas.
"Empresas de tecnologia evitam responsabilidades", critica Bates. "Precisamos exigir padrões éticos, como em qualquer outro setor". Enquanto isso, Fussenegger planeja expandir o negócio com robôs sexuais ainda mais realistas.
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