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Em vez de ressaca e festas até o amanhecer, o que atrai os noivos agora é a ideia de vivenciar algo significativo com pessoas queridas. | Freepik
Durante décadas, despedidas de solteiro foram sinônimo de festas, exageros e lembranças confusas no dia seguinte. Mas essa tradição está mudando com o tempo.
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Um número crescente de casais tem deixado de lado as baladas e optado por viagens voltadas ao bem-estar, ao contato com a natureza e à convivência com amigos e familiares.
Segundo Jolie Golub, cofundadora da empresa americana BachBoss, cerca de 40% dos eventos planejados hoje se concentram em experiências alternativas, como caminhadas, retiros de ioga, acampamentos de luxo (glamping), pesca e golfe.
A tendência, segundo ela, é especialmente comum entre casais na faixa dos 30 anos ou mais.
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Em vez de ressaca e festas até o amanhecer, o que atrai os noivos agora é a ideia de vivenciar algo significativo com pessoas queridas. Foi o caso de Gina Maruskin, 52 anos, de Michigan (EUA), que levou sete amigas para a Costa Rica.
No resort Surf Synergy, em Jacó, o grupo passou uma semana praticando surfe, ioga e caminhadas pela floresta tropical.
“Estávamos torcendo umas pelas outras, vendo o progresso de cada uma nas pranchas. Foi um vínculo muito especial”, contou Gina, que gostou tanto da experiência que decidiu se casar no mesmo local.
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Na Colômbia, Angie Ramirez, 35 anos, organizou uma viagem de nove dias para Medellín, cidade onde tem parte da família. A ideia era apresentar aos amigos um pouco de sua origem e cultura.
O grupo conheceu restaurantes locais, fez passeios de teleférico e até praticou parapente. “Cada um de nós se jogou da montanha e planou sobre a cidade. Foi libertador”, disse Angie.
O britânico Dan Jackson, 33 anos, teve uma despedida de solteiro nada convencional na Escócia. Sem saber o destino, ele foi surpreendido por amigos com um fim de semana em uma antiga propriedade perto de Arisaig, na costa oeste.
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O grupo mergulhou com snorkel em busca de vieiras, pescou e participou de jogos tradicionais das Terras Altas, como o “arremesso de galochas”.
A pesca da manhã virou um jantar de praia preparado por um chef local. “Foi o fim de semana da minha vida”, resumiu.
Nos Estados Unidos, há casais que têm preferido organizar despedidas conjuntas. A americana Elsa Dodds, de Denver, e seu noivo, Bobby Beverage, reuniram 18 amigos para uma viagem de esqui e pesca no gelo em Breckenridge, no Colorado.
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“Mudar o foco das festas para uma atividade que nós dois amamos nos permitiu aproveitar o fim de semana com quem realmente importa”, contou Elsa.
Já Jack Richardson, 31 anos, de Nova York, escolheu um roteiro radical para celebrar com amigos e familiares: uma aventura de rafting de quatro dias nos rios Yampa e Green, entre o Colorado e Utah. Sem sinal de celular, o grupo passou as noites ao redor da fogueira, conversando e compartilhando histórias.
“Alguns me disseram que não se lembravam de nada das despedidas antigas porque estavam bêbados. Isso é triste. Essa experiência, sim, eu vou lembrar para sempre”, disse Jack.
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Mais do que uma moda passageira, a tendência reflete uma mudança de comportamento entre casais que buscam experiências significativas antes do casamento.
O objetivo deixou de ser “se despedir da vida de solteiro” para se concentrar em celebrar o começo de uma nova fase — de forma consciente, divertida e com boa companhia.
Afinal, para muitos, o melhor brinde é aquele feito de lembranças que duram — e não de copos que se quebram.
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